Confiança da indústria atinge maior nível desde janeiro de 2013

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O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 8 pontos na passagem de agosto para setembro deste ano. Com o resultado, o indicador chegou a 106,7 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde janeiro de 2013, quando também registrou 106,7 pontos.

Dos 19 segmentos industriais pesquisados, 18 registraram aumento da confiança de agosto para setembro.

O Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, cresceu 9,5 pontos e chegou a 107,3 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, subiu 6,3 pontos e atingiu 105,9 pontos.

"Na opinião dos empresários, a demanda estaria satisfatória, o nível de estoques está confortável e haveria expectativa de aumento de produção e do quadro de pessoal no curtíssimo prazo. Esse resultado sugere que o pior da crise já foi superado e que o setor teria fôlego para continuar a apresentar resultados positivos no próximo trimestre", afirma a economista da FGV, Renata de Mello Franco.

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Há, no entanto, uma preocupação do setor com relação aos próximos seis meses.

"Uma cautela possivelmente motivada pela incerteza com relação aos rumos da economia após a retirada dos programas emergenciais do governo", diz Renata.

Já de acordo com o Levantamento de Conjuntura divulgado hoje, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em agosto, o volume de vendas da indústria paulista foi 3,9% superior ao registrado em fevereiro e de 0,6% em relação a julho. O documento também indica um crescimento de 3,3% no total de horas trabalhadas na produção, na comparação com o mês anterior, e de queda de 3,8%, ante fevereiro.

Em nota, a organização aponta que os números indicam a continuidade de uma trajetória de recuperação que se iniciou em maio. "Na mesma direção, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) atingiu 76,9%, um aumento de 2,4 pontos percentuais com relação a julho. Os salários reais também seguiram em recuperação, crescendo 0,6% frente ao mês anterior. Todos os dados estão livres de efeitos sazonais."

O relatório destaca que o Nuci superou o nível pré-pandemia, mas que ainda está 2,5 pontos percentuais abaixo da média histórica (79,4%). Outro aspecto abordado são os salários reais médios, que apresentaram queda de 0,2% quanto ao patamar de fevereiro e aumento de 0,6% em relação a julho.

Complementar ao levantamento, com dados do mês corrente, a pesquisa Sensor informa que o mês de setembro fechou em 50,7 pontos, na série com ajuste sazonal. O resultado é superior ao de agosto, de 49,5 pontos e caracteriza melhora no desempenho do setor.

O índice mercado, por sua vez, apresentou aumento em relação ao mês passado, ficando em 55 pontos. Com pouca variação, o indicador de vendas subiu de 52,1 pontos para 52,4 pontos no período, isto é, permaneceu praticamente inalterado, mas ainda sinaliza expectativa de crescimento, uma vez que ficou acima de 50 pontos.

Outro aspecto avaliado é o nível de estoque. Nesse caso, ao ultrapassar a marca de 50 pontos, o indicador demonstra que o volume está abaixo do nível desejado. Nessa última versão do setor, o índice foi atualizado de 49,3 pontos para 52,5 pontos.

No que diz respeito a postos de trabalho gerados pelo setor, o que se confirma é uma "queda moderada", com o indicador emprego atingindo 45,7 pontos. Diante do quadro geral, a participação de investidores tem diminuído ao longo do tempo, de modo que o índice mais recente totalizou 45,9 pontos.

 

Com informações da Agência Brasil

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