Confiança da indústria caiu fortemente em março

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Indústria máquinas
Indústria máquinas (Foto: José Paulo Lacerda/CNI)

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o empresário está confiante. No entanto, o indicador recuou 5,1 pontos em março em relação a fevereiro desde ano, quando caiu de 59,5 pontos para 54,4 pontos. O índice está acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança.

De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, essa é a terceira maior queda mensal da série, inferior somente as registradas em junho de 2018, logo após a paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia.

“Quando olhamos o índice, ele mostra confiança do empresário. Esse valor de 54,4 pontos está, inclusive, acima da média histórica do Icei. Mas a queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe, mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, explica o economista.

O mês de fevereiro apresentou crescimento de 20,2% na comparação com o mês anterior no dado livre de efeitos sazonais. O resultado é uma reação a janeiro, quando não houve muito interesse em lançar produtos, de acordo com os dados do Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial. Comparado a fevereiro de 2020, o índice apresenta aumento de 4,4%. No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice ainda apresenta queda de -5,7%. O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial mede a intenção da indústria brasileira em lançar novos itens no mercado a partir da solicitação de códigos de barras, que são atribuídos pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

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Na opinião de Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, após um janeiro de retração, fevereiro apresentou uma recuperação com relação ao mês anterior e ao realizado no ano passado.

“A melhora tênue no indicador demonstra um fôlego na confiança dos empresários; no entanto, ainda vivemos um momento de cautela e é cedo para falarmos de uma retomada, principalmente devido às incertezas do mercado.”

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