Confiança da indústria registra segunda queda seguida

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Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 0,6 ponto em setembro, ficando em 106,4 pontos no mês. Esta é a segunda queda seguida, depois de quatro altas mensais consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.

De acordo com a economista do Ibre Claudia Perdigão, a indústria apresentou boa recuperação no segundo semestre de 2020, mas vem encontrando dificuldades para manter o ritmo da retomada em 2021:

“As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano principalmente entre os segmentos intensivos no uso de energia elétrica”.

Segundo o instituto, o resultado de setembro foi influenciado pela queda no otimismo para os próximos meses, somado a uma acomodação da satisfação em relação à situação atual. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, o menor valor desde agosto de 2020, quando o indicador ficou em 98,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 1 ponto, para 103,6 pontos, o menor patamar desde maio deste ano (99 pontos).

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Entre os componentes do ISA, o Ibre aponta piora da situação atual dos negócios, com o indicador diminuindo 2,7 pontos, para 103,1 pontos, o menor desde agosto do ano passado (99,1). O indicador que mede a demanda total teve queda de 2,1 pontos, para 107,6 pontos. Já o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116 pontos, o melhor resultado desde março (118,2).

Para os componentes do IE, a maior influência na queda do ICI em setembro foi a produção prevista para os próximos três meses, que diminuiu 1,5 ponto, para 99,7 pontos, o menor nível desde maio, quando o indicador ficou em 93,1 pontos. A perspectiva para os próximos seis meses reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos.

As intenções de contratações reduziram 0,4 ponto no indicador de emprego previsto e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, o maior valor desde novembro de 2014.

 

Agência Brasil

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