Confiança de serviços recupera parte da queda de setembro

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Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 1,8 ponto em outubro, para 99,1 pontos, revertendo grande parte da queda sofrida no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice teve leve alta de 0,4 ponto.
A confiança de serviços voltou a subir em outubro, recuperando grande parte da queda de setembro. O resultado favorável desse mês foi influenciado pela melhora da percepção sobre a situação atual e uma reavaliação positiva das perspectivas sobre os próximos meses. Esse resultado parece confirmar que o setor de serviços continua se beneficiando com as flexibilizações e sendo puxado pelos segmentos que mais sofreram ao longo da pandemia. A expectativa para os próximos meses é de continuidade do cenário positivo caso se confirme uma sustentação da confiança dos consumidores nos próximos meses”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Ibre.
Neste mês, o ICS voltou a subir influenciado tanto pela avaliação sobre o momento atual como pelas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 2,3 pontos, para 94,6 pontos, maior desde maio de 2014 (94,7). Já o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,3 ponto, para 103,6 pontos, e se mantém na região de otimismo (acima de 100 pontos) pelo quarto mês consecutivo.
O resultado positivo de outubro foi disseminado entre os principais segmentos, com alta em 5 dos 7 principais segmentos do setor. Mas o destaque positivo foram novamente os serviços prestados às famílias, que voltaram a ficar acima da média dos demais segmentos, o que não ocorria desde o início da pandemia. “Esse resultado sugere que o andamento do calendário de vacinação e o enfraquecimento da pandemia influenciam positivamente a retomada da atividade dos segmentos que demandam da presença física das pessoas”, completa Tobler.
Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,1 ponto em outubro, ficando em 94,2 pontos. Em setembro o indicador havia caído 6,8 pontos e em agosto a retração foi de 0,2 ponto. Em médias móveis trimestrais, a queda foi de 2,3 pontos.
Segundo Rodolpho Tobler, os dados indicam uma acomodação na confiança do comércio em outubro, em meio às incertezas no mercado.
“O resultado desse mês foi influenciado mais uma vez pela piora na percepção do ritmo de vendas que ocorre há três meses consecutivos. Por outro lado, as expectativas pararam de cair, recuperando parte do que foi perdido no último mês. O cenário para o setor ainda se mostra desafiador com a confiança do consumidor em patamar muito baixo, incerteza elevada, avanço da inflação e recuperação lenta do mercado de trabalho”.
No mês, três dos seis principais segmentos do setor registraram queda, resultando na virtual estabilidade. Enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 3,9 pontos, para 93,3, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,8, para 95,3 pontos.
De acordo com o instituto, o Indicador de Desconforto interrompeu a tendência positiva dos últimos meses e ficou relativamente estável, sugerindo que o setor ainda encontra dificuldades para manter o ritmo de recuperação. O indicador mostra a limitação para a melhoria dos negócios, como demanda insuficiente, acesso ao crédito bancário e custo financeiro.

 

Com informações da Agência Brasil

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