Confiança do comércio tem leve alta em fevereiro

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Comércio em shopping (Foto: divulgação)
Comércio em shopping (Foto: divulgação)

O Índice de Confiança do Comércio, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,2 ponto de janeiro para fevereiro e chegou a 91 pontos, em uma escala que vai de zero a 200 pontos. Essa foi a primeira alta depois de quatro quedas consecutivas do indicador. Empresários de três dos seis principais segmentos do comércio aumentaram sua confiança. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 3,8 pontos e atingiu 95,9 pontos, maior valor desde fevereiro do ano passado, último mês antes da pandemia.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, no entanto, caiu 3,5 pontos, para 86,5 pontos, menor nível desde junho de 2020 (82,0 pontos).

“Ainda é preciso cautela na análise do resultado, pois os empresários do setor avaliam piora no ritmo de vendas pelo quinto mês seguido. Por outro lado, há uma melhora nas expectativas, mas que podem ser interpretados como redução do pessimismo, dado que o índice ainda está abaixo do nível neutro de 100 pontos”, explica o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, que acrescenta que o cenário neste início do ano “não é muito animador para o setor, mas expectativas sobre novos programas de auxílio do governo, avanço da vacinação e melhora na confiança do consumidor podem contribuir para recuperação das vendas ao longo do ano”.

Por outro lado, pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), apontou que os consumidores fluminenses ainda amargam o gosto da crise provocada pela Covid-19. O levantemento mostrou que houve aumento na porcentagem de inadimplentes: indo de 47% para 56,9% entre janeiro e fevereiro. O total de consumidores que não estão com contas em atraso caiu de 53% para 43,1%. Entre os que se declararam inadimplentes (56,9%), o cartão de crédito lidera o ranking (59,2%), seguido pelas contas de luz, água, telefone, gás e internet (48,1%) e crédito pessoal (32,6%).

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Questionados sobre o emprego nos próximos três meses, 70% dos fluminenses estão com medo ou muito medo de serem demitidos. Em janeiro, esse índice correspondia a 60,6%. Em relação às expectativas sobre a retomada da economia brasileira nos próximos três meses, 18,8% estão muito pessimistas, 24,5% não estão confiantes e 21% acreditam que não haverá alteração. Os fluminenses que se mostraram confiantes somam 29,3% e os muito confiantes 6,4%. O indicador que captura a informação caiu de 96,8 em janeiro para 92,4 em fevereiro, sinalizando uma piora nas expectativas para o país.

Perguntados sobre a economia do estado do Rio de Janeiro, 22,6% estão muito pessimistas, 25% não estão confiantes e para 22,9% a situação econômica do estado não deve ser alterada nos próximos meses. Apenas 26,7% se mostraram confiantes e 2,9% muito esperançosos. Nessa sondagem o indicador também apresentou recuo, indo de 85,3 para 81,9 em fevereiro.

Sobre renda familiar, para 18,3%, haverá uma redução drástica nos próximos três meses, seguidos de 26,7% que acreditam que a situação econômica de seus lares será diminuída nesse período. Outros 36,7% acreditam que a renda será mantida como está, 15% creem que irá aumentar e somente 3,3% acham que haverá uma melhoria significativa. Em resumo, houve diminuição do indicador que mede a expectativa da renda familiar nos próximos três meses: 85 em janeiro para 73,3 em fevereiro, menor valor desde julho de 2020.

 

Com informações da Agência Brasil

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