Confiança do consumidor recua em abril

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,5 ponto em abril, ao passar de 91,0 para 89,5 pontos. Após três meses em queda, o índice acumula perda de 7,1 pontos e atinge o menor nível desde outubro de 2018 (85,4 pontos).

"A queda na confiança dos consumidores está relacionada à decepção com a lenta recuperação econômica e a manutenção de níveis elevados de incerteza. Em abril, houve relativa estabilidade do Índice da Situação Atual e queda forte do Índice de Expectativas, influenciada principalmente pelo aumento do pessimismo dos consumidores de menor poder aquisitivo", afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens.

Em abril, as expectativas em relação aos próximos meses pioraram pelo terceiro mês consecutivo enquanto as avaliações sobre o presente se mantiveram relativamente estáveis. O Índice de Expectativas (IE) caiu 2,7 pontos, para 98,7 pontos, voltando a ficar abaixo dos 100 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) variou 0,5 ponto, para 77,1 pontos.

Com relação à situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação com as finanças familiares subiu 2,3 pontos para 72,6 pontos, nível idêntico ao de maio de 2018, o que compensou a queda do indicador de avaliação da situação econômica, que passou de 83,5 para 82,1 pontos.

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Com relação às perspectivas para os meses seguintes, o indicador que mede o otimismo com relação à evolução da economia recuou 2,9 pontos, para 115,4 pontos, acumulando uma perda de 15,5 pontos entre janeiro e abril. Com isso, o indicador recuou ao nível de outubro de 2018 (106,0 pontos). Já o indicador que mede o grau de otimismo com a situação financeira futura foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês, ao cair 4,1 pontos, para 96,8 pontos, o menor desde outubro de 2018 (96,1 pontos).

Pelo terceiro mês consecutivo houve redução da intenção de compras de bens duráveis, confirmando a cautela dos consumidores com os gastos futuros. O indicador que mede o ímpeto de gastos nos próximos meses – diminuiu 0,6 ponto, para 84,2 pontos, nível igual ao de novembro do ano passado.

A análise da evolução dos índices de confiança por faixas de renda mostra que a queda ocorre em todas as classes exceto para as famílias com maior poder aquisitivo. Para as famílias com renda acima de R$ 9.600, a confiança subiu 1,5 ponto influenciada por uma melhora da satisfação com a situação financeira atual. No extremo oposto, a confiança das famílias com renda até R$ 2.100 acumulou nos últimos três meses queda de 13,5 pontos influenciada por uma redução de 24,4 pontos das perspectivas sobre a situação financeira da família no mesmo período. 

A edição de abril coletou informações de 1.737 domicílios entre os dias 1º e 20; a próxima divulgação acontece no dia 23 de maio.

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