Confiança do empresário do comércio cresce 12,2% em junho

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Comércio em shopping (Foto: divulgação)
Comércio em shopping (Foto: divulgação)

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 12,2% em junho na comparação com maio. Essa foi a primeira alta do ano e veio depois de cinco quedas consecutivas. As informações foram divulgadas hoje, no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na comparação com junho do ano passado, a confiança do empresário avançou 47,6%.

De maio para junho, o principal aumento foi observado no item condições atuais, que cresceu 19,3%, puxado pela satisfação maior com a situação atual da economia (29,3%). A expectativa em relação ao futuro apresentou alta de 11,6%. Já a intenção de investimentos subiu 8%.

Na comparação com junho de 2020, foram apuradas altas de 71,8% na avaliação sobre as condições atuais (com aumento de 137% na confiança em relação à economia), de 53,9% nas expectativas e de 26,5% nas intenções de investimento.

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Já com relação às micro e pequenas empresas, a confiança cresce pelo segundo mês consecutivo. Em maio, as MPEs demonstraram um sinal de recuperação, após uma forte queda da confiança, em março. A informação é da Sondagem de Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) subiu 5,4 pontos, em maio, atingindo o patamar de 93,5 pontos, o maior nível desde dezembro de 2020 (94,6 pontos).

O IC-MPE agrega os índices de confiança dos três principais setores da economia – comércio, serviços e indústria de transformação. Segundo o presidente do Sebrae, nos últimos dois meses, houve um crescimento de 11 pontos na confiança dos pequenos negócios. Todos os setores apresentaram resultados positivos, mas comércio e serviços, que estavam com um baixo índice, estão dando ótimos sinais de recuperação.

O índice de Confiança das MPE do comércio foi o que apresentou o maior incremento na confiança, passando de 79,9, em abril, para 90,5, em maio. Um aumento de 10,6 pontos. Nos últimos dois meses, o comércio demonstrou uma recuperação de 22 pontos.  A alta da confiança das MPE desse setor decorre do aumento da satisfação com a situação atual, o desempenho nas vendas efetivas de maio, e da melhoria das perspectivas de vendas para os próximos três meses.

A recuperação ocorreu em todos os segmentos do comércio, mas o destaque foi o comércio de material de construção que subiu 7,7 pontos e chegou a 90,2 pontos, o maior nível desde setembro de 2020 (91,0 pontos). Este segmento foi acompanhado por veículos, motos e peças e varejo restrito.

Um dos setores mais impactados pela pandemia do coronavírus, o de serviços, também tem demonstrado sinais de recuperação e teve um aumente de 7,2 pontos, apenas no mês de maio, atingindo 86,9 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2020 (95,1 pontos), ou seja, período pré-pandemia. Em abril, a confiança dessas empresas já havia crescido 4,6 pontos. O Índice de Confiança das MPE de serviços foi influenciado, principalmente, pelo aumento da demanda atual e pela melhora do otimismo em relação a tendência dos negócios nos próximos seis meses.

O segmento serviços prestados às famílias foi o que mais contribuiu para a alta desse mês, ao subir 12,6 pontos, para 83,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2020 (85,1 pontos). Este segmento foi seguido de transporte (7,4 pontos), serviços profissionais (7 pontos) e informação e comunicação (5,1 pontos).

Após cinco meses seguidos de queda, o Índice de Confiança das MPE da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) voltou a subir. Contudo a alta de 1,9 ponto, chegando a 97,7 pontos recupera apenas 9,2% das perdas dos últimos meses. Entre os segmentos mais relevantes da indústria, o segmento de vestuário foi que mais contribuiu para a melhora da indústria, com alta de 14,8 pontos, levando a 87,9 pontos, após cinco quedas consecutivas. Já o segmento alimentos teve queda de 4,5 pontos, para 82,4 pontos.

 

Com informações da Agência Brasil

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