Medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança Empresarial caiu 1,1 ponto em novembro, para 91,8 pontos. Após três quedas seguidas, o índice registra agora o menor nível desde maio passado. Na métrica de médias móveis trimestrais, houve recuo de 1,0 ponto.
“A confiança empresarial seguiu em novembro o roteiro dos dois meses anteriores, com uma ligeira melhora das avaliações sobre a situação presente e uma piora mais acentuada das expectativas em relação aos meses seguintes. Esta combinação de resultados sugere que os segmentos cíclicos da economia, responsáveis por cerca de 2/3 do PIB, seguem apresentando um ritmo morno de atividade no quarto trimestre e estão preocupados com as perspectivas da economia para o primeiro trimestre de 2024. Pelo lado positivo, a confiança industrial subiu pela primeira vez no segundo semestre e o setor da construção mostra uma relativa resiliência, influenciado pela sustentação do otimismo no segmento de obras de infraestrutura”, avalia Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do Ibre.
A queda da confiança empresarial em novembro foi motivada exclusivamente pela piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 1,4 ponto, para 88,2 pontos, e acumula perdas de 7,0 pontos desde agosto, se aproximando do menor nível do ano apresentado em janeiro (86,0 pts). Dentre os componentes do IE, a tendência dos negócios seis meses à frente e o emprego previsto ficaram estáveis em 89,0 e 94,5 pontos, respectivamente, e a Demanda prevista recuou 1,0 ponto, para 88,6 pts, o menor valor desde janeiro. Já o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,7 ponto em novembro, para 95,5 pontos.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pelo Ibre: indústria, serviços, comércio e construção.
Em novembro, somente a confiança da indústria subiu entre os quatro grandes setores, com alta de 1,9 ponto, para 92,7 pontos. A confiança do comércio obteve o pior resultado, recuando 2,7 pontos, para 86,5 pontos, com piora tanto nas expectativas quanto na percepção sobre a situação atual das empresas. Em seguida, serviços observou queda de 0,9 ponto, passando para 94,4 pontos, apesar de uma ligeira melhora nas expectativas, e a confiança da construção andou de lado, recuando 0,1 ponto, para 96,2 pontos.
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