Confianças do comércio e serviços sobem em julho

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Comercio de rua (Foto: divulgação)
Comercio de rua (Foto: divulgação)

Os índices de Confiança do Comércio e dos Serviços registraram altas na passagem de junho para julho deste ano. O Índice de Confiança dos Serviços cresceu 4,2 pontos e chegou a 98 pontos, em uma escala de zero a 200, o maior patamar desde março de 2014 (98,3 pontos), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Foi a quarta alta consecutiva do indicador, puxada principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro e que avançou 6,5 pontos, para 105,6 pontos. O Índice da Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 1,7 ponto, para 90,4 pontos.

O Índice de Confiança do Comércio subiu 5,1 pontos no período e atingiu 101 pontos, nível mais alto desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). É a terceira alta consecutiva do indicador.

O crescimento do setor também foi influenciado principalmente pelo Índice de Expectativas, que teve alta de 5,6 pontos e chegou a 93,2 pontos. O Índice de Situação Atual subiu 4,5 pontos para 108,7 pontos, maior valor desde dezembro de 2010 (110,2 pontos).

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Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3 pontos em julho, para 82,2 pontos, maior valor desde outubro de 2020 (82,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 3,2 pontos, segundo aumento após seis meses consecutivos de queda.

“A confiança dos consumidores segue em recuperação pelo quarto mês consecutivo. Há uma melhora das perspectivas futuras, mas o índice que mede a situação atual continua rodando em torno dos 70 pontos, mostrando que, apesar do otimismo, os consumidores vem tendo dificuldade de recuperação financeira, principalmente as famílias de menor poder aquisitivo que tem mais dificuldade de obter emprego, organizar as finanças familiares e sofrem maior impacto do aumento dos preços principalmente dos alimentos. O cenário dos próximos meses vai depender do avanço da vacinação, do controle das novas cepas para que a confiança continue avançando.”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

Em julho, houve melhora da percepção dos consumidores sobre as expectativas em relação aos próximos meses e acomodação da satisfação em relação a situação atua. O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu -0,7 ponto, para 70,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 2,5 pontos, para 90,8 pontos, atingindo o maior patamar desde setembro de 2020.

Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral se manteve estável com recuou de 0,1 ponto em julho, para 76,6 pontos, segundo maior valor desde março de 2020 (82,1). O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 1,2 ponto, para 65,8 pontos.

Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas em relação à situação da economia subiu 3,2 pontos, para 116,3, maior valor desde fevereiro de 2020 (116,9). Com respeito às perspectivas para a situação financeira das famílias nos próximos meses o indicador aumentou 3,2 pontos, para 92 pontos, maior valor desde novembro de 2020. O ímpeto de compras para próximos meses se manteve relativamente estável ao variar 0,6 ponto para 65,2 pontos. Embora o indicador tenha aumento por quatro meses consecutivos, ainda se encontra em patamar consideravelmente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia de Covid-19. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do indicador para compras previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.

A análise por faixas de renda revela piora da confiança para a faixa de renda mais baixa, cujo Índice de Confiança caiu 2,4 pontos, para 71,7 pontos. Para os consumidores com renda acima de R$ 9.600, por outro lado, o indicador subiu 3,3 pontos, para 93,2, maior valor desde janeiro de 2020.

 

Com informações da Agência Brasil

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