O confisco das aposentadorias dos velhinhos gregos para financiar o buraco provocado pela farra da banca terá importantes efeitos deletérios sobre a já combalida economia do país para muito além dos diretamente tungados. Por motivos culturais e falta de espaço físico no país, muitos gregos têm o hábito de, ao casarem um filho, erguerem mais um piso sobre a própria casa. Com a renda dos mais velhos comprimida, será inevitável o espraiamento da redução do consumo para os demais familiares e, et por cause, o acirramento da recessão e a impossibilidade de pagar as dívidas via crescimento da economia.
“Cavallização”
Aliás, como já alertou o Carlos Thadeu de Freitas, consultor econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o remédio escolhido pelo governo grego para enfrentar a crise segue o mesmo receituário que levou à quebra da Argentina do então czar Domingo Cavallo: corte de gastos, que deprimem o crescimento e reduzem a arrecadação, sendo seguidos por aumento do garrote, num ciclo vicioso que, no caso argentino, levou à queda do governo e ao caos social. Em outras palavras, a persistir nessa escalada, a Grécia caminha para a cavallização da sua economia.
Estadista oco
Em tempo: em abril de 2001, apenas 8 meses de levar a Argentina à breca, ao fim daquele ano, Cavallo ainda era chamado por uma míope revista tupiniquim de “super-homem”. Para completar o perfil do desastroso ministro, a mesma publicação assegurava que “metade dos argentinos diz acreditar que ele será capaz de reativar a economia do país”. Como aprenderam, a duras penas, os argentino que viram as economias de toda uma vida virarem pó, na vida, a crença em miragens midiáticas, longe de conduzir ao paraíso, não raro, resulta em desastre.
Tanque
Debater o futuro da indústria automotiva, especialmente a matriz energética, é o principal objetivo do SAE 2010 International Powertrains, Fuels & Lubricants Meeting, encontro que traz ao Rio de Janeiro, esta semana, os mais importantes especialistas mundiais no tema. O maior caso de sucesso na utilização de bicombustíveis em larga escala no setor de transportes do planeta motivou a escolha do Brasil para sediar o evento, destaca Mauro Simões, diretor da seção Rio de Janeiro da SAE Brasil. O encontro será no Hotel Windsor Barra (Av. Sernambetiba 2.630, na Barra da Tijuca).
Complicar
As operações com papel destinado à impressão de livros e jornais são isentas de impostos, imunidade garantida pela Constituição. Em São Paulo, como em outros estados, simplesmente não se recolhia o ICMS. Mas isso não satisfaz a burocracia, que decidiu que, apesar de não haver imposto, a não-incidência nessas operações depende de prévio reconhecimento pelo Fisco. Foi criada uma sigla para isso, claro – Recopi – e vários formulários para atormentar o departamento contábil das empresas.
Viés de alta
O segmento dos automóveis, o maior beneficiado pela isenção ou redução do IPI em 2009 e início de 2010, deve ser o primeiro a sentir a retomada da cobrança integral, opina o advogado tributarista do Cenofisco Jorge Lobão. Não é só: os fabricantes já sentem os efeitos da elevação dos preço de algumas das principais matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos, como o aço, por exemplo: “Somando essa questão à elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Conselho de Política Monetária, o Copom, do Banco Central, os consumidores devem se preparar para encontrar eletroeletrônicos, carros e móveis menos acessíveis em breve”, alertou Lobão.
Sonho de consumo
As matérias mais importantes a serem estudadas e como entender os editais, entre outras dicas, poderão ser conhecidas na palestra “Como se preparar para concursos públicos” durante a 7ª Feira do Concurso, que acontece entre os próximos dias 7 e 8, no Rio. O palestrante será o editor de concursos da Campus-Elsevier e diretor da Companhia dos Módulos, Sylvio Motta. Mais informações no site www.feiradoconcurso.com.br