Congresso chinês pede novos fundos para ‘bancos ruins’

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Os chamados “bancos ruins” da China, criados para lidar com empréstimos inadimplentes de outros bancos, precisam urgentemente de novos fundos, uma vez que os empréstimos de liquidação duvidosa se acumulam em meio à desaceleração econômica do país.

De acordo com proposta apresentada ao Congresso Nacional da China por Lai Xiaomin, presidente de um desses “bancos ruins”, Pequim deveria abrir mais canais de financiamento para estas instituições. Os bancos ruins são, na verdade, empresas estatais de gestão de ativos criadas em 1999 para absorver 1,3 trilhão de iuanes (US$ 200 bilhões) em empréstimos inadimplentes que ameaçavam a solvência dos bancos comerciais.

Lai Xiaomin propõe que o governo permita que os bancos ruins emitam títulos e listem suas ações nas bolsas de valores do país. Ele também propôs que as autoridades incluam os bancos ruins no programa de refinanciamento do banco central – que oferece recursos a custos baixos – e permitam que eles participem de um teste de securitização de ativos, o que poderia liberar mais liquidez.

O aumento da inadimplência nos bancos chineses tem pesado sobre os chamados bancos ruins, que enfrentam dificuldade de se financiar. “A tendência de depreciação de ativos podres não só representa um risco crescente para as empresas de gestão de ativos, que adquirem esses bens, como também aumenta a dificuldade de eliminação desses ativos ruins”, disse Lai, que é presidente da China Huarong Asset Management.

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Mercado asiático

Os principais índices do mercado de ações da Ásia fecharam em queda, à exceção do Xangai Composto, depois da divulgação de dados ruins sobre a balança comercial da China e o Produto

Interno Bruto (PIB) do Japão. O superávit comercial chinês caiu 48,5% em fevereiro ante janeiro, para US$ 32,592 bilhões.

As exportações caíram 25,4% na comparação com fevereiro de 2015 e as importações recuaram 13,8%. “Não há razão para temer um ano desastroso para as exportações chinesas ainda, já que grande parte da queda se deve ao efeito calendário do feriado do Ano Novo Chinês”, diz Amy Yuan Zhuang, analista da Nordea. “Ainda assim, o dado pinta um cenário pessimista para o

comércio chinês este ano”, acrescentou.

No Japão, a leitura revisada do PIB do quarto trimestre mostrou queda de 0,3% na comparação com o terceiro trimestre e recuo de 1,1% em taxa anualizada. Houve leve revisão positiva ante a leitura preliminar, que mostrava quedas de 0,4% e 1,4%, respectivamente, mas ainda assim o dado mostra que a economia japonesa encolheu.

O índice Nikkei 225 caiu 0,76%, a 16.783,15 pontos, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,73%, a 20.011,58 pontos, e o Kospi, de Seul, teve queda de 0,6%, a 1.946,12 pontos. Já o Xangai Composto subiu 0,14%, a 2.901,39 pontos. Alguns analistas apontam que a alta foi causada por investidores cobrindo posições vendidas.

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