O candidato ao Senado pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), André Ceciliano, visitou um estaleiro na cidade de Niterói nesta quarta-feira com o candidato ao governo do Rio Marcelo Freixo (PSB). Em conversa com os trabalhadores, eles defenderam o cumprimento da política de conteúdo local para retomada dos empregos da indústria naval. De acordo com o Sinaval, sindicato do setor, mais de 80% dos postos de trabalho no país foram perdidos desde 2014.
A política de conteúdo local consiste na exigência do uso da mão de obra nacional e dos estaleiros brasileiros para construção e reparo de embarcações e plataformas de extração de petróleo e gás. Atualmente, as empresas têm utilizado mão de obra internacional, ficando sujeitas ao pagamento de uma multa. Em 2018, a Agência Nacional de Petróleo regulamentou a concessão de “waivers”, uma flexibilização do cumprimento do percentual de conteúdo local.
Nesta semana, a Petrobras divulgou que a plataforma P-80, na Bacia de Santos, será construída por um grupo empresarial de Singapura, e a expectativa é que as plataformas P-82 e P-83 também sejam construídas por empresas asiáticas. Isso significa exportar empregos. Segundo dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), cada bilhão de reais investido na construção de plataforma gera 26,3 mil empregos. Como a P-80 custará US$ 2,92 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões), o governo Bolsonaro está deixando de gerar no Brasil quase 395 mil empregos.
“O presidente Lula já falou que vai exigir que as petroleiras tenham conteúdo local para retomar o crescimento da nossa indústria”, disse Ceciliano. “Vamos exigir o cumprimento dessa medida para que a gente possa recuperar os 16 estaleiros privados e os dois públicos presentes no nosso estado.”
“Vamos exigir também que uma parcela da frota que a Petrobras aluga, que são mais de 360 embarcações, possa fazer o reparo aqui no Rio de Janeiro. Com 20% dessas embarcações, já conseguimos recuperar os nossos estaleiros”, comentou o candidato ao Senado.
ANJ sob novo formato
O jornalista Marcelo Rech assumiu nesta quarta-feira a presidência executiva da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Ele, que presidia a entidade desde 2016, vai acumular o cargo com a presidência da diretoria, em novo formato de gestão na ANJ. O nome foi aprovado pelo Conselho de Administração, recém-eleito na Assembleia Geral de Associados da entidade, realizada na mesma ocasião.
Também foram definidas, por eleição, as novas composições dos Conselhos de Administração – que será presidido pelo diretor-geral da Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg Neto, o Café – e Fiscal e da Diretoria da entidade para o biênio 2022-2024.
Rápidas
O CEO da Icatu, Luciano Snel, fará palestra no último dia da 5ª edição da Semana de Mercado Financeiro, promovida pela PUC Rio, nesta sexta, sob o tema “Alocação de Capital a Longo Prazo”. Presencialmente no campus da Gávea ou no YouTube *** Neste sábado, 19h, o West Shopping recebe a cantora Nay Duarte para um show de samba e pagode.