Consumo das classes C e D mantém queda em abril

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Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)
Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)

O consumo das classes C e D do Brasil recuou 5% em abril, depois de já ter caído em março (-4%) e fevereiro (-28%), de acordo com a Pesquisa de Hábitos de Consumo das Classes C e D da Superdigital, fintech do Santander. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor dessas classes sociais.

Entre as cinco regiões, o Sudeste apresentou queda mensal de 7%, seguido pelo Sul (-6%), Nordeste (-4%), Norte (-2%) e Centro-oeste (-1%).

Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, a pesquisa mostra que ainda falta confiança no consumidor para voltar a comprar com tranquilidade como aconteceu no final do ano passado. “Vimos em outubro, novembro e dezembro uma boa recuperação do consumo nas Classes C e D, depois de um 2020 muito difícil. Mas, com o avanço da Covid-19 e as suas consequências na economia, principalmente em março e abril, muitas famílias ainda estão inseguras para voltar às compras”, diz.

O índice de confiança do consumidor, medido pela FGV em abril estava em 72,5 pontos, melhor que em março, mas muito abaixo dos 91,7 pontos medidos em dezembro de 2020.

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Em termos setoriais, as maiores quedas registradas em abril na comparação com março foram em rede online (-14%), companhias aéreas (-7%), diversão e entretenimento (-6%) e combustível (-4%). Enquanto isso, cresceram os gastos com lojas de roupas (10%), prestadores de serviços (9%) e lojas de artigos diversos (4%).

No Rio de Janeiro, os cariocas gastaram menos em abril. O índice recuou 26% sobre março, mês que havia registrado queda de 14%. Os setores que mais se destacaram foram rede online (-26%), diversão e entretenimento (-13%) hotéis e motéis (-13%) e telecomunicações (-11%). Houve aumento nos gastos em serviços (8%) e prestadores de serviços (7%). Já em São Paulo, a pesquisa mostrou que o consumo teve queda mensal de 3%, mantendo o mesmo índice de março sobre fevereiro. As maiores quedas foram registradas nos setores companhias aéreas (-21%), rede online (-14%), automóveis e veículos (-10%) e hotéis e motéis (-6%), apontando que o paulista gastou menos com viagens em abril. Contudo, houve avanço nos gastos com prestadores de serviços (12%), lojas de roupas (9%) e lojas de artigos diversos (5%).

Estudo da Serasa Experian mostra que as vendas do comércio físico brasileiro tiveram retração de 1,4% em abril de 2021, quando comparadas com o mês anterior. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio, o segmento de tecidos, vestuário, calçados e assessórios puxou a baixa geral, com declínio de 18,7%, resultado que revela uma queda em desaceleração para o setor, já que em março/21 o tombo tinha sido de 28,7%. Todos os outros segmentos, exceto veículos, motos e peças, registraram diminuição.

Na análise anual, abril de 2021 x abril de 2020, o índice mostra crescimento geral de 27,5%. O destaque fica para o segmento de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (36,1%). Em ordem decrescente estão, materiais de construção (32,9%), veículos, motos e peças (29,5%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (28,1%), combustíveis e lubrificantes (5,5%) e tecidos, vestuários, calçados e acessórios (-5,0%).

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