Estudo realizado pela Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) em parceria com a KPMG intitulado “Indicadores Setoriais Anuais” aponta que o consumo percentual de bebidas chegou a 12% em 2022, crescimento de 41% em comparação a 2019.
Além dessa tendência de consumo, o estudo aponta que o mercado de bebidas alcoólicas, no ano de 2022, atingiu 16,4 bilhões em vendas e cresceu 5,1% comparado a 2021, tendo a Copa do Mundo como potencializador tanto no on-trade quanto no off-trade. Em 2023, a expectativa é de que as vendas alcancem 17,1 bilhões de litros. Por sua vez, o faturamento do setor totalizou R$ 380 bilhões no último ano, o que representa um crescimento de 4,8% acima da previsão esperada, principalmente devido ao tíquete médio que cresceu acima da inflação. Esse resultado mostra a tendência do consumidor de escolher produtos premium, que tem sido foco da indústria brasileira e da América Latina com lançamentos de novos produtos e marcas.
O estudo também revelou o cenário do mercado referente às empresas associadas à Abrabe. Os dados mostram que, conjuntamente, a receita bruta de vendas, das associadas alcançou R$ 42,9 bilhões em 2022, crescimento de 13,9% em relação ao ano anterior. Já o volume de vendas atingiu 4,7 bilhões de litros, um aumento de 3,4% em relação a 2021. O resultado mostra que as associadas da entidade representam 29% do mercado, mantendo o mesmo índice do último relatório. Outro número importante foi o volume de produção, que chegou a 4,4 bilhões de litros, significando um crescimento percentual de 5,5%.
Quanto à exportação de bebidas, a Abrabe representou 66% das exportações brasileiras no ano passado, com 165 milhões de litros exportados, 8% a mais do que em 2021. A informação mostra que as associadas foram na contramão dos números gerais, que mostraram uma redução de 12% na exportação de bebidas alcoólicas no Brasil. No cenário nacional, a entidade representa 38% das importações, com 100 milhões de litros importados, um aumento de 17,4% em comparação a 2021.
Os dados de 2022 também mostram que as empresas do setor ultrapassaram o número de empregos pré-pandemia, com um aumento de 5,9% em relação a 2021, representando um total de 21.930 pessoas empregadas diretamente. O estudo se baseia nas respostas de 33 associadas da Abrabe ao Questionário Operacional de Insumos e é uma atualização do trabalho realizado desde 2019. O objetivo é promover um diagnóstico apurado sobre o setor, desenvolvendo uma visão ampliada dos produtores de bebidas alcoólicas e também sobre sua importância para o país.
Já quando o assunto é suco pronto para beber, de 1999 (quando o produto começou a ser comercializado no país) até 2022, segundo dados da Tetra Pak, houve um crescimento de 738%.
Nos primeiros 10 anos, as vendas da categoria cresceram quase seis vezes chegando em 2009 com cerca de 1,5 milhões de embalagens comercializadas. Atualmente, já são cerca de 2,2 milhões ao ano. Os dados contemplam também água de coco, bebida de soja e chás prontos, categorias pouco expressivas até recentemente.
O volume em cada embalagem varia dependendo do seu tamanho, sendo que as opções individuais (até 500ml) representam 80% das vendas em embalagens, com a maior demanda para consumo em movimento ou em lancheiras, como uma opção prática e saudável para as crianças e adultos em rotinas agitadas.
Os preferidos são os sucos de uva e laranja, que respondem por cerca de 62% das vendas, de acordo com o levantamento da Nielsen. Dependendo da região, os dois sabores podem inverter posições na preferência do consumidor, com a uva sendo favorita em estados como Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, enquanto laranja lidera as vendas em São Paulo e região Sul. No Nordeste, o sabor frutas cítricas (21%) tem maior relevância em relação à média do país (9%).
Ainda segundo pesquisa realizada pela Tetra Pak, 65,2% dos brasileiros consideram extremamente relevantes que os sucos sejam feitos apenas com ingredientes naturais e 60,1% optam por produtos de alta qualidade, o que passa pela preocupação com adição de açúcar (28,7%), embalagens práticas (17,6%) e que preservem o sabor (24,3%), por exemplo. Produtos sem conservantes também são essenciais para 44,3%.
















