Conta do chá

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Os reservatórios das hidrelétricas se encontram com pouco mais de 35% de sua capacidade total, enquanto que nos anos de 97 e 98 estavam (ao final de fevereiro) com mais de 83% de reservas. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, Wagner Victer, considera precipitado terminar o racionamento antes do fim do período de chuvas ou do restabelecimento dos estoques.

Engarrafamento
O aumento do salário mínimo para R$ 200 vai provocar uma migração de 500 mil ações que hoje tramitam na Justiça Federal para os juizados especiais. Isso porque esse juizados discutem valores de até 60 salários mínimos, atualmente R$ 10,8 mil e que passará para R$ 12 mil. O advogado Alvaro Trevisioli, especialista em Direito do Trabalho e sócio de Trevisioli Advogados Associados, acredita que essa avalanche vai comprometer o prazo de um ano que os juizados especiais têm para decidir uma causa.
Entre as alternativas apontadas pelo jurista estão os conselhos de arbitragem. O presidente do Conselho Arbitral do Estado de São Paulo, Cássio Telles Ferreira Netto, afirma que “nos conselhos arbitrais, o conflito pode ser solucionado em, no máximo, 180 dias. O mais importante ainda, é que a decisão tem caráter de sentença judicial, não permitindo recursos”.

Prazos
Técnicos do Ministério da Integração Nacional trabalham desde ontem na análise do pedido de verbas para a recuperação dos danos causados pelas chuvas em Minas Gerais. O governo estadual pede R$ 206,512 milhões. O ministro Ney Suassuna promete urgência no trâmite do processo. Os relatórios – um calhamaço com 20 centímetros de altura – vão tramitar por diversos órgãos da Integração antes de aportar no Ministério do Planejamento, de onde seguirão para o Palácio do Planalto. No caso do Espírito Santo, que sofreu com enchentes em novembro, o prazo para liberação dos primeiros recursos federais foi de 27 dias. Suassuna espera concluir o processo de Minas em menos de um mês. “Antes,  demorava ano”, comemora o ministro.
Para liberar R$ 1 bilhão para os bancos Marka e FonteCindam em 99 o Banco Central precisou apenas de um fim de semana.

Trégua
A suspensão oficial da busca a Bin Laden nas montanhas de Tora Bora não deixa de dar sua contribuição à redução do grotesco no campo do jornalismo. As contínuas e desencontradas “informações” sobre a suposta presença do saudita nos mais inauditos lugares já haviam ultrapassado de há muito a fronteira que separa o jornalismo de relações público do ridículo absoluto. Se a turma do Pentágono não oficializasse o fim das operações, ia ter “coleguinha” entrevistando com exclusividade Bin Laden no carnaval de rua do Rio.

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Ameaça
Ironicamente, o fim das operações em Tora Bora serve aos dois lados. Aos afegãos, em primeiro lugar, que já têm uma vida dura o suficiente para prescindirem de bombas lhes caindo sobre as cabeças, mas também a Bush e cia., que, passam a ter à mão, em caso de novos desconfortos internos, a possibilidade de reativar a mobilização contra o inimigo nacional. Algo no estilo, como Tora Bora II, a missão (quase) final.

“Papagaios”
Dados do Banco Central da Argentina mostram que, em setembro de 2001, passava de US$ 60 bilhões o total de empréstimos a serem recebidos por 100 bancos estrangeiros e do próprio país.

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