O volume negociado mensalmente de Contrato Futuro de Ouro (GLD) na Bolsa de Valores B3 avançou de R$ 99 milhões em agosto para R$ 801 milhões em setembro, um avanço de mais de 700%. Investidores não residentes lideram a movimentação, com R$ 588 milhões negociados desde o lançamento do derivativo, em 21 de julho.
O futuro de ouro movimentou R$ 936 milhões entre julho e setembro, segundo levantamento da plataforma DataWise+. Pessoas físicas negociaram R$ 233 milhões, e fundos de investimento, R$ 110 milhões.
A procura pelo metal aumenta à medida que crescem as dúvidas sobre o dólar, que já desvalorizou cerca de 10% em 2025.
Na quarta-feira (8), o ouro ultrapassou pela primeira vez a barreira de US$ 4 mil no mercado spot internacional. Após queda na quinta-feira, o metal voltou a subir na sexta-feira e fechou a semana cotado a US$ 4.008,11. Em um ano, o ouro teve valorização de 49%. No mercado futuro da New York Mercantile Exchange, o ouro bateu os US$ 4 mil na terça-feira.
“Pensamos no Contrato Futuro de Ouro com tamanho reduzido, liquidação financeira e precificação indexada ao principal índice global de referência do metal, para ser uma ferramenta utilizada em diversas estratégias, tanto para proteção quanto para quem busca lucro em operações de curto prazo”, analisa Marcos Skistymas, diretor de Produtos da B3.
Desde setembro, a B3 zerou as tarifas para as negociações com futuro de ouro. A iniciativa, que tem como objetivo atrair mais investidores, segue até 30 de novembro. O GLD foi desenhado para ser um produto acessível, permitindo que investidores negociem o metal a partir de R$ 50.
Outras formas de investir em ouro na B3
Além do Contrato Futuro de Ouro, a B3 oferece diferentes produtos para quem deseja investir no metal sem a necessidade de adquirir o metal físico. As principais opções são:
- ETFs de Ouro (GOLD11 / GLDX11): são fundos de investimento cujas cotas são negociadas como ações e que buscam replicar o desempenho do preço do ouro.
- ETFs Globais (BIAU39 / ABGD39): permitem que o investidor brasileiro compre, em reais, cotas dos maiores ETFs de ouro do mundo, diversificando a carteira com ativos internacionais.
















