Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, mas devolveram parte dos ganhos que foram registrados logo após a divulgação de dados do governo norte-americano que mostraram uma queda maior que a esperada dos estoques da commodity.
Segundo especialistas, as cotações – que chegaram a subir mais de 2% com o resultado das reservas – não conseguiram se manter nesse patamar por se tratar de dados apenas pontuais. "Ainda estamos acima dos níveis das reservas do ano passado em 9,2 milhões de barris", disse o analista de mercado do Energy Management Institute, Dominick Chirichella.
De acordo com o Departamento de Energia norte-americano, as reservas de petróleo do país recuaram em 6,3 milhões de barris na semana encerrada em 30 de junho. Analistas esperavam uma baixa menor, de 2,5 milhões de barris. O mesmo aconteceu com a gasolina e outros derivados.
Os estoques de gasolina recuaram em 3,7 milhões de barris, ou 1,5%, para 237,3 milhões de barris. Os estoques de outros derivados tiveram baixa de 1,9 milhão de barris, ou 1,2%, para 150,4 milhões de barris. Já a produção doméstica de petróleo dos Estados Unidos subiu em 88 mil barris por dia (bpd), para 9,338 milhões de bpd.
A previsão para os estoques de gasolina era de queda de 1,4 milhão de barris, enquanto para os outros derivados a estimativa era de baixa de 100 mil barris.
A taxa de ocupação da capacidade das refinarias avançou de 92,5% para 93,6%. Os estoques das Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) caíram em 400 mil barris, para 682 milhões de barris.
Com isso, o preço do contrato futuro do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para agosto subiu 0,86%, cotado a US$ 45,52 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent com entrega prevista para setembro avançou 0,67%, a US$ 48,11 o barril.
