CONVERSA DE MERCADO

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Depois da crise financeira, o pior não passou
A crise financeira, que atingiu os ativos das companhias abertas e secou a oferta de crédito para empresas e consumidores, começa mostrar sinais de contaminação para a economia real. A volatilidade dos principais mercados de ações reduziu, entretanto, a principal conseqüência de uma crise como a atual ainda está por vir: a social. O comportamento do consumidor está mudando, assim como rachou a credibilidade do sistema financeiro.
Fala-se da tendência de aumento da regulamentação e da mudança do papel do estado e dos mercados, o que seria uma volta ao sistema Keynesiano. Mas se a economia gira em torno da demanda, como fica o papel do consumidor? A crise tem impacto direto na sua confiança e é o que tem demonstrado os indicadores referentes ao mês de outubro. Nos Estados Unidos, o índice de confiança é o menor desde 1967. Obama é o salvador da pátria? Pode até ser na visão os norte-americanos que o elegeram, mas e para o resto do mundo? No Japão, o indicador recuou para o menor patamar desde 1982 e na Europa a confiança está no mesmo nível de 1983.
Se os consumidores estão desconfiados, o que dizer das empresas que, diante da ausência de crédito, adiam ou cancelam os investimentos? O desânimo vem em um momento onde os governos atuam em conjunto para reverter a situação. Mas as ajudas são vistas com certo alarmismo. Os emergentes, leia-se China, surgem como nova locomotiva? O cenário para as economias é pior do que se pensava. As perguntas ainda se encontram no âmbito das reflexões. Não é possível saber as respostas, nem tampouco se sentir confortavelmente otimista com a realidade atual.

E o câmbio faz mais uma vítima

A Ideiasnet foi a última vítima da inesperada alta do dólar frente ao real no terceiro trimestre. As perdas com câmbio somaram R$ 2,3 milhões, ou 47% das despesas financeiras. A holding entre julho e setembro encerrou o terceiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 1,2 milhão, revertendo um ganho líquido de R$ 1,1 milhão obtido em igual período do ano passado. A perda está relacionada ao resultado financeiro negativo de R$ 4,9 milhões.

Citi rebaixa projeções para Petrobras

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O Citigroup reduziu as projeções para a Petrobras. De acordo com o documento do banco, o modelo é embasado no preço do barril de petróleo estimado ao redor de US$ 65,00 em 2009, com recuperação para US$ 75,00 e US$ 85,00 nos dois anos seguintes. No entanto, a instituição mantém a recomendação de compra para os papéis. O preço alvo para os próximos 12 meses é de R$ 34,00.

Crédito em 2009: revisão de estimativas

Os analistas do UBS reduziram as estimativas para os bancos brasileiros de grande porte. Segundo eles, o PIB tende a registrar incremento menor, de forma a reduzir a demanda por crédito. Ao mesmo tempo, é considerado que o ambiente em 2009 será de restrição da liquidez. Assim, o crescimento médio do crédito deve ficar em 12% no próximo ano, bem abaixo da previsão anterior de 21%.

Entre ondas e cerâmicas

À frente de uma das maiores empresas do setor de revestimento cerâmico brasileiro, o presidente da Portobello, Cesar Gomes Junior, se define como um entusiasta em relação à cidade onde mora: Florianópolis. A presidência da companhia, que em 2007 registrou produção de 18 milhões de metros quadrados e um faturamento acima de R$ 500 milhões. deixa pouco tempo para os hobbies, mesmo assim, ele consegue se dedicar a duas paixões: velejar e jogar golfe.
Como jogador de golfe, ele costuma freqüentar o campo do Costão do Santinho, situado numa das mais belas praias da região norte de Florianópolis. Já o hábito de velejar vem desde criança. “Quando não estou viajando, jogo golfe e velejo toda a semana”, conta. Sobre outros hobbies, ele ressalta: “esses dois costumes já tomam muito tempo. Gosto de velejar com meu filho”, explica. Com o dólar valorizado, que vai estimular o aumento das exportações da Portobello, a dedicação aos hobbies deve ser tornar menos freqüente. Nesta sexta-feira, Junior viajou para Dubai, com vistas a fechar novos negócios. A companhia exporta para cerca de 40 países.

Ana Borges

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