Conversa de Mercado

218

     
          Sonhos de um empreendedor

De dentista, a criador de empresas de sucesso, ele tem hoje um objetivo: quer aprender a jogar golfe, de verdade. “Estou ensaiando há um ano ser jogador de golfe, mas é difícil, as partidas demoram e não dá para conciliar o tempo com os novos negócios e a família. Este ano quero jogar de verdade”, conta Luís Alexandre Chicani (foto), fundador da benCorp, consultoria de benefícios, gestão estratégica de riscos e promoção de saúde, com redução de custos corporativos. A benCorp tem menos de um ano e deve repetir o sucesso do empreendedorismo de Chicani. Desde abril do ano passado, já faturou R$ 1 milhão, inaugurou filial no Rio de Janeiro e hoje conta com mais de 40 clientes. “É meu novo sonho”, brinca.
Chicani foi o criador e permaneceu cerca de 20 anos a frente da DentalCorp Assistência Odontológica Internacional, uma das mais bem-sucedidas operadoras de planos odontológicos do mercado. “Quando comecei, em 1989, era apenas um consultório dentário, que valia cerca de US$ 600”, lembra. A empresa foi vendida para a Odontoprev em 2007 por US$ 12 milhões. “É meu orgulho, pois o sonho de 18 anos virou realidade”, diz.
Outro empreendimento importante é a família. Ele gosta de passar o tempo com as duas filhas, além de manter o contato com os amigos de infância. Quando não está dedicando o seu tempo à nova empresa, Chicani gosta de treinar para correr maratonas. A próxima está marcada para ocorrer em Florianópolis. Além de correr, Chicani também costuma jogar tênis com os amigos.
Na benCorp, a crise financeira internacional acabou por ajudar os negócios. A empresa que atua na área de consultoria para reduzir os custos e otimizar os benefícios na área de saúde tem registrado crescimento da demanda. “A crise é uma oportunidade de as pessoas se reorganizarem. É um movimento de reestruturação. Os empresários sabem que a companhia tem certa gordura, mas em épocas positivas se permitem não ser tão eficientes”, explica.

Foco no dividendo

Aqueles que não estão preparados para aproveitar os altos e baixos do mercado, mas também não desejam sair aos preços vigentes ou buscam diversificação, a ordem é: olhe para os dividendos. A volatilidade do mercado financeiro torna arriscado aplicar em qualquer ação, no momento. Ao mesmo tempo, não é todo investidor que pode se dedicar integralmente à carteira para as operações de day trade. A alternativa que vem sendo apontada por analistas é a busca de carteiras com foco no dividendo, as chamadas “ações de viúvas”.
As expectativas para os próximos meses são de volatilidade, diante do cenário negativo para a economia mundial em 2009 e as expectativas diante da divulgação dos balanços de 2008. O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas previsões para o crescimento da economia mundial em 2009 pela terceira vez desde outubro de 2008. O Fundo trabalha com cenário de crescimento mundial de apenas 0,5% para 2009. Para os países desenvolvidos, é aguardada uma queda de 2% no PIB e, para os países emergentes e em desenvolvimento a expectativa é de crescimento da ordem de 3,3% Mesmo que tenham ocorrido dias de euforia positiva nas últimas semanas de janeiro, é preciso ter em mente de que, como não há segurança nas projeções para o mercado no curto e médio prazo, a volatilidade prevalece. A preocupação centra-se nos dados corporativos. O quadro, portanto, requer a busca por segurança. E aí que entram as ações de empresas pagadoras de dividendos.
Tais papéis são vistos como defensivos, diante da busca para satisfazer o perfil do investidor que quer fugir de uma alocação de maior risco. Em geral, as escolhas das ações são de empresas tidas como mais maduras, com liquidez satisfatória, bom histórico de pagamento de dividendos e elevada geração de caixa. Entre as empresas citadas para compor a carteira de dividendos da SLW Corretora estão: AES Tietê; Telesp, Comgás, Transmissão Paulista e CPFL Energia. Já a carteira de dividendos da Coinvalores, além da AES Tietê, é composta por Bradesco, CCR Rodovias, Souza Cruz e Vale.
A estratégia da equipe de análise do HSBC é de manter a composição da carteira concentrada em ações de empresas com fluxo de caixa estável, menor exposição (custos e endividamento) ao dólar, além de empresas que tenham receitas mais atreladas ao mercado interno. As recomendações são: Usiminas, Energias do Brasil, Itaú, Petrobras, Vale, Tractebel, Ambev e Telesp.

Espaço Publicitáriocnseg

Citi: siderurgia fraca no curto prazo
Apesar da recomendação de compra de ações de algumas siderúrgicas brasileiras, os analistas do Citibank afirmam que o setor deve viver um horizonte pouco favorável no curto prazo. As vendas do segmento, que vieram mais fracas no mês de janeiro, fizeram com que o Citi revisasse as projeções. As estimativas para a demanda por aço plano são de que haverá um recuo de 20% em relação a 2008. Para aço longo, a queda esperada é 15%. O banco, entretanto, recomenda a compra das ações ON da CSN e nos preferenciais da Gerdau e da Usiminas.

Rossi sem recuperação
Depois de registrar forte queda, os papéis da Rossi não devem reverter as perdas. A avaliação é do Credit Suisse. Segundo a instituição, o ambiente continuará a ser desafiador para a empresa e aumentam as incertezas sobre a demanda de produtos da Rossi. Além disso, a deterioração na velocidade de vendas poderia desencadear um “fogo venda” e, portanto, uma pressão margens para baixo. Tais fatores devem pesar sobre as ações no curto prazo. Na prévia de resultados, a empresa mostrou uma queda de 9,8% no Valor Global de Vendas do quarto trimestre em comparação com o mesmo período de 2007. A antecipação dos dados provocou a queda dos papéis em 17,86% na primeira semana de fevereiro.
     
     

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui