As 44ª e 45ª Cúpulas da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) foram realizadas entre 9 e 11 deste mês em Vientiane, capital do Laos. No mesmo período, teve a 27ª Cúpula China-ASEAN, com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
O premier lançou três propostas para continuar aprofundando as cooperações entre as duas partes, que incluem construir uma rede de conectividade tridimensional, expandir a cooperação em setores emergentes e aprofundar os intercâmbios culturais.
Este é um sinal muito claro de que a China quer continuar reforçando relações amistosas com os países na região.
No período recente, as cooperações entre o lado chinês e os países do bloco asiático têm sido muito frutíferas. A China já é a maior parceira comercial da ASEAN por 15 anos consecutivos, enquanto a associação ocupa a primeira posição no comércio com a China nos últimos quatro anos. Nos primeiros oito meses deste ano, o fluxo bilateral cresceu 10%.
Perante as turbulências na situação mundial e a interferência do protecionismo no comércio internacional, a China e os países da ASEAN querem fortalecer as cooperações baseadas na vontade de procurar o desenvolvimento e uma vida melhor para seus povos. Como vizinhos, os dois lados têm a plena condição de ter benefícios recíprocos e desenvolvimento comum.
O grande destaque da 27ª Cúpula China-ASEAN foi o anúncio da conclusão das negociações do acordo de livre comércio III, que deverá ser assinado no próximo ano.
A região de livre comércio China-ASEAN foi criada em 2010. Em 2019, o acordo foi atualizado para a segunda fase. Agora, o acordo III poderá facilitar ainda o comércio e promover o desenvolvimento abrangente.
Vale ressaltar que a população da China e dos países da ASEAN ultrapassou dois bilhões de pessoas, o que representa um quarto do planeta. Por isso, as cooperações entre os dois grandes mercados não só elevam o nível de integração regional, como também favorecem a estabilidade da economia global.
Sobre a questão do Mar do Sul da China, Li Qiang deixou claro que é legal e razoável que o país tome medidas necessárias para defender sua soberania. Mas o país vai continuar resolvendo as divergências com países envolvidos por meio de diálogos e negociações.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Patrícia Comunello