Coronavírus: presidente português quer mais restrições em abril

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O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que uma restrição rigorosa ao movimento terá que ser imposta no país no final de abril, mesmo que a crise do coronavírus se atenue até então.

Tendo se reunido com especialistas em saúde pública, o chefe de Estado disse a repórteres que os números de novas infecções dos últimos dias mostram uma "tendência positiva, lenta, mas positiva".

No entanto, ele alertou que as medidas de confinamento e as restrições de movimento devem ser rigorosamente observadas antes que a normalidade possa ser restaurada, provavelmente em maio.

"Se queremos ganhar a liberdade em maio, precisamos de a ganhar em abril", afirmou.

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Ele ressaltou que o alívio das medidas de confinamento requer comportamento apropriado e um esforço do povo português ao longo de abril.

A segunda fase do estado de emergência foi promulgada em 2 de abril e permanece em vigor até 17 de abril.

O presidente não descartou a possibilidade de reabrir as escolas do país em abril, mas afirmou que a decisão pertence ao primeiro-ministro António Costa.

Até terça-feira, o coronavírus já causou 345 mortes em Portugal, um aumento de 34 em relação a segunda-feira. De acordo com o boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde, 12.442 pessoas foram infectadas até o momento em Portugal.

Na França, o Produto Interno Bruto caiu 6% no primeiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores. Segundo o Banco de França, a atividade econômica caiu 32% durante a quinzena de confinamento em março. Este é o pior desempenho da economia francesa desde 1945.

Os dados, coletados em pesquisa realizada entre 27 de março e 3 de abril com 8.500 empresas francesas, indica que a atividade econômica geral caiu 32%, um valor comparável ao publicado pelo Instituto de Estatística francês (Insee), que era de uma queda de 35%. A construção civil, que perdeu cerca de três quartos de sua atividade normal, é um dos setores mais afetados. Todos esses setores juntos representam 55% do PIB francês. Os setores do comércio, transporte, turismo e restauração viram a sua atividade recuar dois terços. A indústria de transformação também é substancialmente afetada, com uma perda de atividade de quase metade, assim como outros serviços de mercado, com queda de cerca de um terço.

Por outro lado, os setores menos afetados são a agricultura e a indústria agroalimentar, energia, tratamento e refinação de carvão e os serviços financeiros e imobiliários.

Quando comparada à crise financeira de 2008, a queda na atividade induzida pelo confinamento é superior. Na indústria, a atividade caiu cerca de 1,5 vez a mais no primeiro trimestre de 2020 do que no quarto trimestre de 2008. Nos serviços, a queda foi quatro vezes maior.

Está é a maior contração da economia francesa desde a II Guerra Mundial e supera o segundo trimestre de 1968, quando o país foi dominado por conflitos civis, protestos estudantis em massa e greves gerais. No início de março, antes do período de confinamento, o Banco de França apresentou uma projeção de crescimento para o primeiro trimestre de 2020 de 0,1%.

 

Com informações da Xinhua e da Agência Brasil, citando a RTP

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