Corte da Opep+ eleva barril em 6% e pressiona alteração de preços da Petrobras

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Bomba em posto de combustível (Foto: José Cruz/ABr)
Bomba em posto de combustível (Foto: José Cruz/ABr)

É fundamental que a discussão sobre a mudança política de preços da Petrobras, baseada no PPI (Preço de Paridade Internacional), seja retomada. Esse movimento da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de aliados fora da organização, como a Rússia), mostra que os produtores não estão dispostos a ver os preços caírem sem ensaiar uma reação.

Nesta segunda-feira, o contrato do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em maio subiu 6,26%, para fechar a US$ 80,41 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York. O contrato Brent para junho foi negociado a US$ 84,85 em Londres, alta de 6,21%.

Os preços do petróleo e da energia deverão ser discutidos em função das estratégias de desenvolvimento de cada país. Deixar os preços praticados no Brasil flutuarem ao sabor dos movimentos internacionais é perder o papel de protagonista e ficar à mercê da estratégia de outros países.

O comentário é do pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) Adhemar Mineiro, em análise ao anúncio, feito domingo, dos países da Opep+ de corte na produção de petróleo a partir de maio. “Fica evidente que o petróleo não é uma commodity, mas parte de um preço estratégico, que é o da energia, e tem de ser administrado em função de uma estratégia de desenvolvimento”, disse ele.

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Na opinião do pesquisador, os principais países produtores sinalizaram, com este anúncio, que não vão contribuir significativamente para que as principais economias capitalistas ocidentais saiam da recessão e administrem suas situações inflacionárias. “Eles estão mostrando que o cartel de produtores está vivo e disposto a manter regulado o preço internacional do petróleo, sem baixas expressivas”, acrescentou.

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