Costa quer rigor na apuração das fraudes no SUS por Bolsonaro

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Senador Humberto Costa (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Senador Humberto Costa (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O senador Humberto Costa (PT-PE) repercutiu, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira, a operação da Polícia Federal que realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, para investigação de suposta fraude no programa Conecte SUS. Doses da vacina contra a Covid-19, exigidas para a comitiva presidencial entrar nos EUA, teriam sido incluídas nos cartões de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura.

– O país precisa de uma apuração rigorosa de todos os crimes cometidos por esse grupo. Os EUA devem banir a entrada em seu território de pessoas envolvidas nesse tipo de delinquência transfronteiriça – defendeu.

Humberto mencionou também detalhes da operação da PF como a apreensão do aparelho celular de Bolsonaro e a prisão de seis pessoas ligadas ao ex-presidente, entre elas o seu ex-ajudante de ordens, coronel Mauro Cid que, para isso, teria pedido ajuda a um investigado por crime de homicídio. O senador considera que as acusações envergonham o Brasil diante da comunidade internacional.

– O Brasil se descobre humilhado pelo então presidente, que cometeu ou teria cometido o crime para enganar um país estrangeiro. Esse crime teria envolvido um ex-vereador de Duque de Caxias que, em investigações realizadas pela polícia do Rio de Janeiro, estaria sendo acusado de estar vinculado à execução da vereadora Marielle Franco – ressaltou.

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O senador destacou que a manipulação dos dados do Conecte SUS aconteceu em plena pandemia. Ele pediu a continuidade das investigações e sugeriu que o governo dos EUA também investigue o caso e revogue o acesso do ex-presidente ao país.

– A nossa expectativa é que, o mais rapidamente possível, a Polícia Federal compartilhe essas provas com os órgãos de segurança dos EUA e que o ex-presidente responda aqui no Brasil e lá fora por esses supostos crimes denunciados por essa operação policial.

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), hoje também, criticou a autorização de busca e apreensão na casa do pai.

– Se há uma coisa que é consenso no Brasil hoje é uma tentativa orquestrada e declarada de assassinar a reputação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Como não conseguem envolvê-lo em esquema de corrupção nenhum, ficam buscando qualquer coisa que resulte em uma prisão arbitrária dele ou em uma inelegibilidade sem qualquer fundamento – disse o senador.

Ele afirmou que a acusação de adulteração de cartão de vacina contra o ex-presidente não tem fundamento.

– O então presidente Bolsonaro, como chefe de Estado, nunca precisou apresentar cartão em lugar nenhum, nunca tirou do bolso nada para comprovar que ele tivesse se vacinado, até porque era público que ele declarava que não tinha tomado vacina, e arcou com os ônus e os bônus disso – acrescentou.

Flávio disse que a busca e apreensão contra o ex-presidente, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, parece uma tentativa de achar “qualquer coisa” suspeita. O senador disse também que o ex-presidente “vai esclarecer tudo, como tem feito em todas as vezes que é chamado a colaborar com a Justiça”

– E como para o Bolsonaro a gente sabe que não existe a presunção de inocência, e é óbvio que uma busca e apreensão na casa de um ex-presidente gera repercussão mundial, fica a pergunta: Qual a intenção de alguém em autorizar uma busca e apreensão na casa de um ex-presidente por causa de um motivo infantil desse?

 

Com informações da Agência Senado

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