Covid-19: Brasil poderá superar EUA

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A incapacidade de o governo adotar medidas para frear o coronavírus e os temores de que as variantes brasileiras comecem a aumentar o número de casos no país e se espalhe pelo mundo, criou um cenário de preocupação global. Nesta terça-feira o Brasil registrou nas últimas 24 horas 1.726 mortes em decorrência da Covid-19, tornando o dia mais letal da pandemia no país.

Enquanto os números mostram situação cada vez mais alarmante, o presidente Jair Bolsonaro  prepara um pronunciamento para falar contra o lockdown e medidas restritivas com o objetivo de conter o avanço do coronavírus, inclusive em Brasília, capital do país.

Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o total de óbitos pela doença chega a 257.361 em território brasileiro. No último dia foram também contabilizados 59.925 casos de infecção pelo coronavírus, totalizando 10.646.926 registrados desde o início da pandemia.

 

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EUA

 

A situação brasileira é tida como “preocupante” nos bastidores da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tanto assim, que projeções já apontam que, se não houver uma mudança profunda na forma de o Brasil lidar com a crise, o mês de março poderá terminar com o país superando os EUA em número de novas infecções e, eventualmente, em termos de mortes diárias. A Fiocruz já admite que país inteiro apresenta piora de indicadores da Covid-19 pela 1ª vez desde início da pandemia.

Segundo dados levantados pelo UOL, no que se refere aos números totais desde o início da crise há um ano, EUA continuam sendo o mais atingido, com 28,2 milhões de casos de pessoas infectadas, seguido por 11,1 milhões na Índia e 10,5 milhões no Brasil, Em meados de dezembro, os norte-americanos registravam 1,6 milhão de novos casos por semana, contra 326 mil no Brasil. Nos últimos sete dias, de acordo com as contas da OMS, foram 471 mil novos casos nos EUA, contra 378 mil no Brasil. Nesse ritmo, as cidades brasileiras poderão ocupar o primeiro lugar em poucas semanas. Hoje, a população norte-americana supera a marca de 331 milhões de pessoas, contra 211 milhões no Brasil.

Para além dos números, o país tem, em diversas regiões, hospitais com leitos de UTI lotados, como é o caso do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por exemplo. Em Porto Alegre, o Hospital Moinhos de Vento precisou comprar um contêiner para colocar os pacientes mortos pela Covid-19. São Paulo, por sua vez, registrou o maior número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia.

 

Quem é o culpado?

 

O chefe do Executivo Federal vem, seguidamente, responsabilizando os governadores e prefeitos de má gestão administrativa e financeira no combate à pandemia. O enfrentamento contínuo levou os gestores estaduais, em carte, dizerem que houve produção de informação distorcida. “Mais uma vez, o governo federal utiliza instrumentos de comunicação oficial, bancados por gastos públicos, para produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”.

Ainda na carta divulgada nesta segunda-feira (1), os governadores ressaltam que a prioridade de Bolsonaro seria “criar confrontos, construir imagens maniqueístas e minar ainda mais a cooperação federativa essencial aos interesses da população”.

“Adotando o padrão de comportamento do presidente da República, caberia aos estados esclarecer à população que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos (os) estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. Se os valores totais, conforme postado hoje (domingo), somam R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada estado brasileiro pagaram à União em 2020?”

Segundo a Folha informativa Covid-19, do Escritório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da OMS no Brasil, em 12 de fevereiro o mundo tinha registrado 107,48 milhões de casos e 2,36 milhões de mortes. Desse total, respectivamente, 47,81 milhões e 1,12 milhão eram nas Américas.

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