CPI da Pandemia: cientistas acusam governo de ‘negar ciência’

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O amplo uso de máscaras pela população e a necessidade de aumentar o ritmo de vacinação contra a Covid-19 no país foram os principais pontos ressaltados pelos cientistas Natália Pasternak e Claudio Maierovitch ao prestarem depoimento, nesta sexta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

Também criticaram o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento ou prevenção da Covid-19, que integram o chamado tratamento precoce ou o “kit Covid”, distribuído Brasil para estados, municípios e até planos de saúde.

Para Maierovitch, que é médico e sanitarista e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa), alguns dos medicamentos, considerados ineficazes, podem trazer outras consequências negativas, como o caso da azitromicina, antibiótico cujo uso generalizado pode, segundo ele, dificultar o tratamento de doenças que constam na bula do remédio.

Após ressaltar que a falta de campanhas em defesa do isolamento social e de medidas sanitárias adequadas levou a mais mortes por Covid-19.

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A bióloga Pasternak criticou o governo federal, que teria, segundo ela, “orquestrado uma mentira” ao “negar a ciência”, o que teria levado brasileiros a terem “comportamentos irracionais”, sem base científica

Ao citar um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maierovitch apontou que cerca de 90 mil óbitos poderiam ter sido evitados se os acordos com o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer tivessem sido assinados antes.

 

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