Crescem compras de alimentos saudáveis e produtos de limpeza

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Segundo edição da pesquisa da Kantar intitulada "Termômetro de Consumo" apontou que, com as atuais medidas de contenção do coronvírus e isolamento social, 78% dos brasileiros buscam sair de casa somente para o necessário, além de estarem mais preocupados com a saúde. Por exemplo, em janeiro e fevereiro de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior, 784 mil lares a mais compraram analgésicos, 330 mil passaram a comprar vitaminas, especialmente a C, e 224 mil lares se tornaram compradores de antigripais. Além disso, 27% dos brasileiros alegam buscar alimentos saudáveis e 22% buscam por produtos de limpeza. Neste cenário, novas formas de consumo surgem e deliveries de supermercados se tornam uma escolha para 7% da população nacional.

Os brasileiros se preocupam em manter a despensa cheia e isso já se reflete no desempenho das categorias de consumo massivo. Há um ano, a cesta FMCG (bens de grande consumo, por sua sigla em inglês) crescia apenas 1% em valor e ficava negativa em unidades compradas (-5%), mas neste começo de ano cresceu 8% em valor e 4% em unidades, sendo a missão de abastecimento a responsável por mais de 50% do desembolso desse consumo. Em relação aos canais de destaque, os atacarejos seguem ganhando novos lares compradores – conquistaram mais de 2,2 milhões -, bem como os Hipermercados, que ganharam mais de 560 mil novos domicílios. Categorias de despensa são as que mais crescem no atacarejo, como pão industrializado, salgadinho, biscoito, refrigerante e leite UHT. Ele é o principal canal de abastecimento, atingindo quase 75% de importância para esse tipo de compra, o que representa quase 20 categorias. Já no hipermercado, as compras são menores e trazem categorias de reposição para o dia a dia, como maionese, multiuso, café, detergente e presuntaria, além de um número menor de categorias compradas, que são apenas 11.

Outra mudança importante é o aumento do home office: 23% dos brasileiros já dizem estar trabalhando remotamente e essa ação traz consequências em hábitos já muito estabelecidos, como os de cuidado pessoal. Mais de um bilhão de ocasiões estão em risco, já que 21% das ocasiões de uso dessa cesta são voltadas para o ato de se arrumar para ir ao trabalho ou à escola e 4% voltadas para o ato de sair e socializar.

Na divisão por gênero, as diferenças são ainda mais relevantes, onde 15 categorias voltadas para mulheres têm potencial para serem impactadas, como sabonetes líquidos e em barra, maquiagens e removedores, cremes dentais, hidratantes faciais e corporais, depiladores e lâminas, desodorantes, fragrâncias e demais produtos para estilização, cuidado íntimo e banho. Já entre os homens, somente sete categorias devem perder ocasiões de uso: xampus, produtos para banho, creme dental, ferramentas para estilização, fio dental, fragrância e antisséptico bucal.

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"As mudanças nos hábitos em relação à barba tendem a ser importantes, considerando que 32% dos homens afirmam se barbear estritamente por motivos profissionais. O consumo de desodorantes também está em risco, considerando que 40% de suas ocasiões de consumo no Brasil são relacionadas a se preparar para trabalhar ou ir à escola" analisa Elen Wedemann, Managing Director Brasil da Kantar.

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