Crescem exportações para os países árabes

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As exportações brasileiras aos países árabes cresceram 22% neste ano até novembro sobre o mesmo período de 2010 e um dos principais fatores para o aumento foi a alta nos preços dos produtos vendidos. A receita com vendas para o mundo árabe somou US$ 13,8 bilhões nos 11 primeiros meses do ano, contra US$ 11,3 bi em igual período de 2010. O CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, aponta alguns itens enviados que tiveram maior crescimento de exportações em receita do que em volume, sinalizando preços maiores. Foi o caso do açúcar, primeiro produto da pauta, que respondeu por US$ 4,1 bilhões das exportações, com avanço de 13,6% em receita. Já o volume de açúcar embarcado foi sete milhões de toneladas, contra oito milhões em 2010, recuo de 13,2%.
No topo da pauta estão também outros alimentos, como carne de frango, com US$ 2,4 bilhões, milho, com US$ 638 milhões, e carne bovina, com US$ 553 milhões. Alaby lembra que a inflação, gerada principalmente por preço de alimentos, é um problema na região e é também um dos fatores para o desencadeamento de conflitos. Por isso, segundo ele, os países estão importando mais alimentos como forma de acalmar a população.

Déficit comercial em dezembro
As importações no valor de US$ 5,003 bilhões superaram as exportações de US$ 4,273 bilhões na segunda semana deste mês. Com isso, foi registrado déficit comercial de US$ 730 milhões.Na primeira semana havia sido registrado superávit comercial de US$ 319 milhões, mas, com o déficit divulgado hoje, o saldo preliminar do mês está negativo em US$ 411 milhões. Nas duas semanas de dezembro, as exportações chegaram a US$ 6,058 bilhões, com média de US$ 865,4 milhões, por dia útil. As importações ficaram em US$ 6,469 bilhões, com média diária de US$ 924,1 milhões.

China quer ampliar importações
O presidente da China, Hu Jintao, prometeu ampliar o número de importações realizadas pelos chineses, de modo a impulsionar o comércio global. O anúncio do líder chinês foi feito durante as celebrações do décimo aniversário da entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC). De acordo com Hu, as importações realizadas pela China poderão ultrapassar 8 trilhões de iuans (cerca de R$ 2,3 trilhões) nos próximos cinco anos. As exportações chinesas aumentaram 14%, ao passo que as importações subiram somente 22%.

Setor eletroeletrônico em queda
A indústria eletroeletrônica brasileira vai encerrar 2011 com um faturamento de R$ 134,9 bilhões, 8,5% acima do obtido em 2010. Apesar da expansão, o resultado é inferior ao crescimento de 13% projetado pelo setor, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. Ele queixou-se da concorrência dos importados e atribuiu essa situação ao aumento de 18,2% no déficit comercial do setor, que chegou a US$ 32,2 bilhões este ano. Enquanto as exportações somaram US$ 7,8 bilhões, as importações de bens acabados e de produtos como componentes alcançou US$ 40 milhões, uma alta de 14,9% em relação ao registrado no ano passado.
“O Brasil está em processo de desindustrialização”, avaliou Barbato, ao destacar que a valorização do real e o aumento do custo de produção têm prejudicado a indústria do setor. Apesar disso, o líder empresarial projeta para 2012 um aumento de 13% no faturamento, que deve chegar a R$ 152,5 bilhões. Há ainda previsão de crescimento das exportações, que devem ter alta de 5%, atingindo US$ 8,3 bilhões. Mas as importações também deverão continuar crescendo, com alta estimada de 15%, somando US$ 46,1 bilhões.

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Asiáticos prejudicam setor têxtil
Embora seja o quinto maior do mundo e o segundo maior empregador da indústria de transformação nacional, o setor têxtil e de confecções do Brasil não tem conseguido fazer frente à penetração de importados asiáticos. A constatação é de Raíssa Santiago, membro do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil) da Fiesp. Segundo ela, o setor emprega mais de 1,7 milhão de trabalhadores diretamente e faturou US$ 55 bilhões no ano passado. Ainda assim, no mesmo ano de 2010, o Brasil importou mais de US$ 2 bilhões em produtos têxteis e confeccionados da China.

Negócios na Arábia Saudita
O governo brasileiro vai organizar uma missão empresarial para intensificar a relação comercial na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes. Em fevereiro, a missão segue para as capitais dos países, com o objetivo de inserir e expandir os negócios das empresas brasileiras na região. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a comitiva brasileira contará com representantes de 30 empresas dos setores de alimentos e bebidas, casa e construção civil. Além disso, representantes do segmento de máquinas e equipamentos de defesa também participarão do encontro com uma agenda própria, paralela à missão.

Nova resolução da Camex
Foi publicada nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União a Resolução Camex nº 94 que realiza a adequação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e da Tarifa Externa Comum (TEC) à V Emenda ao Sistema Harmonizado (SH) de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2012. A adequação foi aprovada na reunião do Comitê Executivo de Gestão da Camex (Gecex), realizada na última quinta-feira (8/12), e substitui a versão 2007 do Sistema Harmonizado pela sua versão de 2012. Mais informações: www.mdic.gov.br

Antonio Pietrobelli
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