Crise hídrica segue preocupando o mercado

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Reservatório vazio (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Reservatório vazio (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Essa semana começa sendo marcada pelos impactos negativos nos mercados globais da escassez de combustíveis e gás na Europa, a falta de energia na China e a crise hídrica no Brasil, que impactarão na inflação e na atividade econômica. Hoje também serão monitorados dois eventos que contam com a presença de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, após notícias chamadas de “Pandora Papers” serem divulgadas dizendo que tanto Campos Neto quanto Paulo Guedes, ministro da economia, possuem empresas de offshores nas Ilhas Virgens Britânicas durante o exercício de seus respectivos cargos. Dados sobre produção industrial e vendas no varejo no Brasil em agosto, IGP-DI e IPCA são esperados pelos investidores ao longo da semana, assim como o relatório de empregos payrol nos EUA. Os ativos locais devem ser pressionados negativamente no dia de hoje devido, principalmente, ao exterior pessimista, contudo o foco está nas ações da Petrobras, após discussões sobre a política de preços sobre os combustíveis. O presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, disse ao jornal O Globo que qualquer represamento de preços pode acarretar em desabastecimento de combustíveis no país. O mercado deve ser marcado por espera nesta semana, com as questões à serem resolvidas sobre o aumento do pagamento do Bolsa Família, orçamento para 2022, precatórios, possibilidade de extensão do auxílio emergencial no pós-pandemia. Nesta segunda-feira o contrato futuro de índice Bovespa com vencimento para outubro de 2021 era negociado em queda de 0,66% às 09h08 e o dólar comercial era negociado em alta de 0,38% neste mesmo horário.

Em Nova Iorque, os índices futuros são negociados em queda nesta manhã, depois de ganhos dos mercados à vista em Wall Street no último pregão. Os investidores, no entanto, demonstram cautela enquanto os juros dos treasuries sobem à medida que aguardam dados sobre encomendas à indústria dos EUA dos comentários de um dirigente do Federal Reserve. Às 7h21, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,27%, o S&P 500 recuava 0,32% e o Nasdaq se desvalorizava 0,44%. O rendimento da T-note de dois anos estava a 0,269%, de 0,261% no fim da tarde de sexta; o da T-note de 10 anos avançava a 1,491%, de 1,470%; e o do T-Bond de 30 anos aumentava a 2,068%, ante 2,038%. O índice DXY caía 0,09%, a 93,949 pontos. Bolsas europeias indicam possível recuperação, principalmente em Londres e Paris. Às 7h28, a Bolsa de Londres tinha viés de alta de 0,14%, a de Paris, +0,06%, mas a de Frankfurt se desvalorizava 0,02%. O euro subia a US$ 1,1613, de US$ 1,1598, e a libra avançava a US$ 1,3575, ante US$ 1,3551. Na China, o cenário foi no vermelho, com as principais bolsas fechando em queda no dia de hoje, com investidores monitorando a situação da gigante do setor imobiliário chinês, Evergrande. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 2,19% hoje, na volta de um feriado. Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,13%. Já na China continental e na Coreia do Sul, não houve negócios nesta segunda-feira em razão de feriados. Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da Ásia e o índice S&P/ASX 200 avançou 1,29% em Sydney. Às 7h28, o dólar subia a 111,26 ienes, ante 111,06 ienes no fim da tarde de sexta-feira.

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Yuri Pasini

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Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank

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