Em casa que falta pão, todo mundo briga, e ninguém tem razão. O ditado é do tempo da vovó, mas nem por isso deixa de se adaptar à crise na Venezuela de hoje. É claro que Maduro enfrenta problemas sérios no país, a maior parte causada pelo bloqueio imposto pelos EUA para derrubar o governo venezuelano, ainda que uma parcela pode ser atribuída à incompetência do próprio Maduro, que não é Chávez.
Mas a chamada oposição está muito longe de ter razão. A começar pela origem de seus líderes, ligados ao golpe que derrubou, por 47 horas, Hugo Chávez – que retornou triunfante ao poder. A oposição é composta pela elite a serviço dos EUA que comandou a Venezuela ditatorialmente por longos anos, amealhando a riqueza e deixando a população pobre, analfabeta e sem saúde.
Se não fossem vários outros motivos, esse seria suficiente para duvidar dos apelos “democráticos” de María Corina Machado. Ninguém duvida que, se chegar ao poder, Corina e associados comandarão forte repressão aos aliados de Maduro, ao arrepio da lei.
Aliás, como teriam feito, no Brasil, Bolsonaro e família se o golpe de 8 de Janeiro tivesse sucesso. Não é coincidência que as alegações do ex-presidente, aqui, e da candidata nas sombras, na Venezuela, são iguais: TSE (CNE) parcial, Supremo (TSJ) favorável a um dos lados, apelos aos militares (lá, que se saiba, não houve acampamento em frente a quartéis).
Nesta quarta-feira, o candidato fantoche da oposição, Edmundo González, informou que não comparecerá ao TSJ. Argumentou que a perícia do Tribunal sobre o pleito é uma usurpação das competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelo processo eleitoral venezuelano. Contradição: o mesmo CNE que declarou Maduro vitorioso, cujo resultado não é aceito pela oposição.
Todos querem as atas eleitorais, todos as têm em mãos, mas ninguém as apresenta. Um impasse não tão difícil assim de ser rompido. Até porque, as urnas na Venezuela são auditáveis de várias formas, inclusive contando os votos impressos. Resta saber se a recontagem interessa a qualquer das partes.
Demora, sem cobrança
No México, a eleição de Claudia Sheinbaum, em junho, ainda não foi oficializada pela justiça. Tal qual no Brasil e na maioria dos países, demora para finalizar o processo.
Nome aos bois
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, conduziu nesta quarta-feira as cerimônias que lembraram os 79 anos do lançamento da bomba atômica em Hiroshima. Ele lembrou que seu país é o único a ter sido vítima de bomba nuclear, mas não tocou no nome do único país que perpetrou um ataque nuclear: os Estados Unidos.
Rápidas
O sócio-fundador do Grupo Soares Pereira (GSP), André Luis Soares Pereira, ministra palestras nos 4 dias da Rio Inovattion Week, de 13 a 16 de agosto, no Pier Mauá (RJ), falando sobre marcas no franchising e desafios ao se tornar um franqueador *** Corações de resina pintados por diferentes artistas plásticos ficarão expostos gratuitamente até 31 de agosto nos shoppings participantes da 2ª edição da Art of Love, que este ano aborda o tema “Amor por SP”. Na sequência, de 1º a 30 de setembro, será a vez de a exposição ganhar as ruas. A realização é da Artery. A Unimed Nacional patrocina 20 obras *** A equipe do Instituto Gingas receberá, nesta quinta-feira, 18h, uma Moção de Aplausos na Câmara dos Vereadores de Niterói, indicação do vereador Adriano Boinha (PDT) *** A Americanas está 20 vagas de estágio para atuação na sede da companhia, no Rio, nas áreas comercial, mkt e gestão. Inscrições até 18 de agosto em estagioamericanas.gupy.io *** O Ibef-Rio realizará o treinamento online “Sem Medo de Investir na Bolsa”, com Luiz Guilherme Dias, a partir de 12 de agosto, das 18h30 às 20h30. Inscrições aqui.
