Crise precisa ser enfrentada com dados técnicos

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Apenas no mês de março a B3, a bolsa de valores brasileira, teve uma retração de 29,9%. O resultado é um reflexo do impacto da pandemia de coronavírus. Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a perda momentânea de dinheiro por parte de investidores na bolsa de valores, não pode ser motivo para criar uma narrativa que coloque em risco a vida das pessoas na crise da pandemia da Covid-19. Maia fez as considerações nesta quarta-feira.

Na terça-feira (31), a B3 reportou ao mercado que fechou o primeiro trimestre com o pior resultado das últimas décadas, marcando 73.019 pontos, queda de 36,9%. É o maior recuo desde o início da medição, em 1968. Na verdade, os investidores já esperavam que o Ibovespa encerraria o trimestre em queda, mas não poderiam calcular que esse período de 2020 entraria para a história como o pior do principal índice da B3.

Conforme a Agência Câmara de Notícias, Rodrigo Maia voltou a dizer que é preciso enfrentar a crise com base em dados técnicos e não apenas pelo viés econômico. Segundo ele, a adoção de medidas contra o isolamento social pode gerar o agravamento da crise econômica. “A recuperação da economia será maior ou menor dependendo da nossa capacidade de enfrentar o vírus. Se a nossa curva (de infectados) for menor, a capacidade de recuperação econômica é muito mais rápida. Se tiver uma curva muito rápida, e colapsar os hospitais, a crise vai ser muito maior”, ressaltou

Nesse momento, claro, que temos que garantir os empregos, mas os empregos a gente garante com o estado aumentando o endividamento e garantindo estruturas para área de saúde”, afirmou o presidente da Câmara.

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Segmentos atendidos

 

Na opinião de Maia, o melhor caminho para enfrentar a crise da pandemia da Covid-19 seria um pacote de medidas do governo atendendo todos os segmentos da sociedade. Segundo ele, isso ajudaria a tirar a pressão sofrida por parlamentares de atender setores específicos de forma isolada e solta.

Como não há um pacote completo, os setores se sentem não atendidos e procuram pelos seus representantes para apresentar soluções específicas. Isso fazia sentido lá atrás, quando se começou a fechar o shopping, bares, companhias aéreas. É obvio que o melhor caminho é que nós tivéssemos recebido um pacote único onde todas as frentes fossem representadas. Não foi assim”, criticou Maia.

Ele destacou que setores que foram inicialmente prejudicados com as medidas de restrição em razão da pandemia ainda não foram beneficiados por políticas públicas por parte do governo; como o setor aéreo, de shopping centers e de bares e restaurantes. Na semana passada, o presidente já havia cobrado o Executivo um pacote integrado de ações para combater os impactos da pandemia na economia, na saúde e no emprego dos brasileiros. “O Parlamento tem ajudado, filtrado as ideias, para que a gente tente ajudar no primeiro momento o que é mais emergencial e dar segurança para o governo avançar”, ponderou o presidente.

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