É inadmissível que, apenas oito anos depois da farsa das “armas de destruição em massa” no Iraque, a ONU respalde a tentativa dos Estados Unidos de travestir de “ação em defesa da democracia” o voluptuoso apetite das petrolíferas estadunidenses pelas reservas líbias – as maiores da África. Não fossem os antecedentes da invasão ao Iraque, bastariam os longos e fraternos laços das sucessivas administrações do país com as mais brutais ditaduras do Oriente Médio e da África para deslegitimar qualquer tentativa de invasão da Líbia pelos Estados Unidos.
Seletividade, não!
Por isso, fez bem a ministra de Direitos Humanos do Brasil, Maria do Rosário, em seu discurso de estréia na ONU, em, ao lado de reafirmar a tradição do país de defesa dos direitos humanos como valores universais, advertir que o governo brasileiro não compactuará com “condenações seletivas” nem “a politização” nessa matéria. Significativamente, a mídia tupiniquim, caudatária da sua congênere estadunidense, viu no discurso da ministra uma mudança de rumo na política externa brasileira em relação ao Governo Lula.
“Disclosed”
Com o fim da gestão original da Daslu, será que a Daspu também vai mudar, não de dona, mas de razão social? Diferentemente de quando adotou o nome numa referência à loja de madames e sofreu a ameaça de processo, agora, pode ser que o estabelecimento mantido por uma ONG de prostitutas é que não queira manter a associação.
Conta
O Governo do Paraná continua pagando mensalmente – e assim o fará até pelo menos 2030 – R$ 60 milhões ao banco Itaú, que fez o “favor” de ficar com o Banestado no ano 2000.
No ar
Os aeroportos brasileiros receberam, em janeiro, 6,7 milhões de passageiros em vôos nacionais e 869 mil de pessoas vindas do exterior. Esses números representam crescimento, respectivamente, de 17,6% e de 14,6%, em relação ao mesmo mês de 2010. Em janeiro do ano passado, os vôos regulares e não regulares domésticos transportaram 5,7 milhões de passageiros e os internacionais, 758 mil pessoas, incluindo residentes e não residentes no Brasil, segundo dados da Infraero.
Flexibilização
A declaração de líderes europeus, que pensam em dar calote no pagamento de petróleo importado da Líbia, lembra a música Mil Perdões, de Chico Buarque, aquela que termina com os versos “Te perdoo / por te trair”.