“Custo BC”

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A manutenção das reservas internacionais custou R$ 68 bilhões ao país, entre 2004 e 2010, segundo relatório do Banco Central sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR). Esse rombo é fruto da diferença entre os juros recebidos pelas aplicação das reservas internacionais do Brasil no exterior e as taxas pagas pelo país para a turma do papelório que investe seus dólares aqui. Para tentar dourar a pílula, o BC alega que a não manutenção de reservas no elevado patamar que o país ostenta custaria supostamente R$ 600 bilhões. A explicação confirma a tese de que, para desastres econômicos do passado, a melhor tática são projeções baseadas em cenários ao gosto do freguês.

Goela abaixo, não!
Quem conhece o temperamento altivo da presidente eleita, Dilma Housseff descarta a permanência do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na próxima administração. Afinal, de contas, Dilma não seria Dilma se, logo em área tão sensível, for aceitar a imposição da manutenção de Meirelles por manchetes de jornal.  

Esfumaçada
Durante palestra no Clube de Engenharia, a professora Maria da Conceição Tavares, que era homenageada pelo 80º aniversário, acendeu, sem a menor cerimônia, um cigarro em pleno auditório fechado e refrigerado. Uma pessoa da platéia reagiu indignada e retirou-se do recinto reclamando. Conceição apagou o cigarro, pediu desculpas, mas não convenceu a cidadã insatisfeita a desistir de ir embora. “Pelo menos consultei as bases”, tentou ironizar a economista.

Intelectual nato
Na mesma palestra, Conceição, referindo-se a ONGs ambientalistas, sustentou que o desmatamento está sendo controlado no país: “Quando se fala em câmbio e ecologia, Estados Unidos e China não comparecem. Já o presidente Lula fez, de improviso, um discurso em Copenhague (na última conferência mundial sobre mudanças climáticas), que foi aplaudido até pelos técnicos que assessoram os governo”, disse, classificando o presidente de “intelectual nato”.

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Idiotas
Sobre nomeações políticas, mesmo de pessoas bem intencionadas, para o novo governo, Conceição foi categórica: “Dilma não é favorável à nomeação de idiotas de boa vontade”.

Quinta coluna
A guerra cambial não exime o governo brasileiro de agir em duas frentes internas: reduzir os juros reais mais altos do mundo, responsáveis pela atração do capital especulativo, e adotar medidas para impedir a alavancagem dos bancos nos mercados futuros de câmbio, nos quais especulam para “puxar” a cotação do real. Nos dois casos, a ação para um enquadramento do Banco Central, para que, em lugar de ser um representante da banca junto ao Estado brasileiro, passe a agir como um braço do Estado contra a especulação.

Há remédio
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, estará no Rio no próximo dia 26 para participar do Encontro Empresarial do Complexo Industrial da Saúde. O evento, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Abifina (entidade do setor de química fina), tem como objetivo expor ao ministro as ações de 2010 e as perspectivas de representantes do setor produtivo para o ano que vem. Mais informações: www.abifina.org.br

Inovação em pacotes
Mais de 30% do orçamento dos conglomerados chineses voltados para a “inovação” são destinados para a aquisição de pacotes inteiros de tecnologia estrangeira, como a operação que envolveu a oferta de US$ 30 bilhões de um complexo estatal chinês voltado para a manufatura de trens-bala ao escritório da P&D da Siemens, afirma o pesquisador Elias M. K. Jabbour, que escreveu uma tese sobre investimentos da China em P&D,
Sobre o Brasil, Jabbour diz que, com essa política monetária, o país pratica uma “não política” de C&T.

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