Em setembro de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos caiu em 14 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais importantes ocorreram em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%). As elevações foram observadas em Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).
A capital catarinense foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 747,64), seguida por Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77) e Rio de Janeiro (R$ 719,92). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
A comparação dos valores da cesta, entre setembro de 2022 e o mesmo mês de 2023, mostrou que oito capitais tiveram redução do preço médio, com variações que oscilaram entre -4,98%, em Campo Grande, e -0,30%, em Porto Alegre. As cestas de outras nove cidades apresentaram elevação, com destaque para os percentuais das capitais do Nordeste: Fortaleza (3,16%), Natal (3%), Aracaju (2,63%) e Salvador (1,91%).
Nos nove meses de 2023, o custo da cesta básica diminuiu em 12 cidades, com taxas mais expressivas em Goiânia (-10,46%), Campo Grande (-9,21%) e Brasília (-9,14%). Os maiores percentuais foram registrados em Natal (2,50%), Aracaju (2,17%) e Recife (0,90%).
Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.320.
Em agosto, o valor necessário era de R$ 6.389,72 e correspondeu a 4,84 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.306,97, ou 5,20 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 109 horas e 01 minuto, em agosto, para 108 horas e 02 minutos, em setembro. Já em setembro de 2022, a jornada média foi de 118 horas e 14 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em setembro de 2023, 53,09% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em agosto, 53,57%. Em setembro de 2022, o percentual ficou em 58,10%.
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