Custo Unitário Básico da construção em SP aumentou 0,23% em janeiro

Variação acumulada em 12 meses é de 4,41%; setor gerou 110 mil empregos no ano passado - saldo foi positivo, apesar dos desligamentos em dezembro

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Construção (Foto: Antônio Cruz/ABr)

O Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção do Estado de São Paulo registrou variação positiva de 0,23% em janeiro de 2025, acumulando aumento de 4,41% nos últimos 12 meses. Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em janeiro, os custos com os materiais de construção se elevaram em 0,47%, acumulando 4,92% nos últimos 12 meses. O custo com mão de obra foi de 0,07% no mês e 4,11% nos últimos 12 meses. As variações dos custos administrativos (salário dos engenheiros) foram de 0% no mês e 3,11% nos últimos 12 meses. O CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 2.044,29 por metro quadrado em novembro.

Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou variação positiva de 0,25% em janeiro. A variação nos últimos 12 meses foi de 4,45%. O custo médio da construção paulista (R8-N) subiu para R$ 1.907,78 por metro quadrado em janeiro.

No acumulado de 2024, a indústria da construção brasileira gerou 100.921 novos empregos, um aumento de 4,04% na comparação com o saldo do setor em 2023. O resultado positivo ocorreu mesmo com o fechamento de 89.673 empregos em dezembro de 2024, uma queda de 3,04% em relação ao número de empregados do setor em novembro.

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Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou no fechamento de 535.547 empregos em dezembro. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados no último dia 30 pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que a queda do emprego na construção ocorreu, em sua maior parte, por trabalhadores que pedem demissão, para viajarem às suas regiões de origem.

“Normalmente, as admissões voltam a superar as demissões nos primeiros meses do ano, em função da continuidade das obras em andamento e do início de novas obras contratadas”, afirma.

Todos os cinco grandes grupamentos fecharam empregos em dezembro: serviços (-257.703), indústria (-116.422), agropecuária (-46.672) e comércio (-25.084).

Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram fechados 609 empregos em dezembro – variação de -0,30% em relação a novembro. Ainda assim, no acumulado de 2024 foram gerados 6.390 (3,30%).

Ao final de dezembro, a construção empregava 2.858.990 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.

O saldo entre admissões e demissões na construção no Estado de São Paulo voltou a ficar negativo (-17.528) em dezembro. Além de São Paulo, os Estados que fecharam mais empregos no setor foram Minas Gerais (-12.523), Mato Grosso (-5.950), Paraná (-5.936), Bahia (-5.829), Santa Catarina (-5.772), Rio de Janeiro (-5.241) e Pará (-5.003).

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