Custos com saúde se recuperam em 8,1% em 2021

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Hospital (Foto: divulgação)
Hospital (Foto: divulgação)

Depois de cair para 4,8% em 2020 e se recuperar para 8,1% este ano, a tendência do custo de benefícios de assistência à saúde projetados deve continuar em um nível semelhante em 2022, como resultado do aumento dos casos de Covid-19 em diferentes países nos anos de 2020 e 2021, de acordo com a pesquisa Global de Tendências de Custos Médicos de 2022, conduzida pela WTW Brasil. O estudo global revela uma variação considerável nos aumentos de custos de saúde em todo o mundo devido à trajetória desigual da pandemia, criando uma considerável volatilidade na utilização e nos custos da saúde.

Para o Brasil, a pesquisa destaca que a inflação de custos médicos deve ser de 11,10% retornando aos níveis pré-pandêmicos em 2022, após uma queda nos últimos dois anos. Os principais motivos são o retorno de pacientes para internações e tratamentos eletivos adiados devido à Covid-19 (por exemplo, cirurgias ortopédicas, aparelho digestivo, otorrinolaringologia, ginecologia). Observamos também uma maior utilização do plano médico derivado do uso de terapias para o tratamento de sintomas pós-Covid-19, como terapia ocupacional, fisioterapia e relacionado à saúde mental, psicoterapia e psiquiatria. A telemedicina continua sendo utilizada e espera-se que cresça em popularidade à medida que as pessoas começaram a se habituar ao acesso a este serviço ao longo do ano. Este é um elemento que vai ajudar a conter a inflação médica, evitando que volte aos seus níveis mais elevados.

Para o próximo ano, espera-se que os aumentos médios em diferentes regiões variem de 14,2% na América Latina a 10,6% no Oriente Médio e na África; 7,6% na Ásia-Pacífico e 6,7% na Europa. A tendência médica média nos EUA é projetada em 7,6% em 2022.

De acordo com a consultoria, os custos de saúde devem continuar acelerando para além de 2022, com mais de três quartos das operadoras de saúde antecipando uma tendência médica maior ou significativamente maior nos próximos três anos. Ainda segundo o estudo, 86% das seguradoras na Europa esperam uma tendência médica maior ou significativamente maior durante este período, assim como 82% das seguradoras no Oriente Médio e África, 74% na América Latina e 64% na Ásia-Pacífico.

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A pesquisa da WTW Brasil também observa que a incidência de sinistros relacionados a distúrbios musculoesqueléticos disparou. Os entrevistados classificaram os transtornos musculoesqueléticos, potencialmente atribuíveis à baixa ergonomia no novo ambiente de trabalho, como a principal condição para a incidência de sinistros seguidos de doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. Na pesquisa de 2021, as seguradoras classificaram os transtornos musculoesqueléticos como o número cinco.

O câncer, que em pesquisas anteriores ficou em primeiro lugar, caiu para o número cinco por incidência, provavelmente devido a tratamentos atrasados durante a pandemia. No entanto, continua sendo uma das principais condições que afetam os custos médicos, seguida por distúrbios cardiovasculares e musculoesqueléticos.

A cobertura segurada continua a ter restrições. Mais da metade das apólices de saúde, têm exclusões para HIV/aids (54% a 56%), bem como para alcoolismo e uso de drogas (52% a 53%). Os empregadores devem continuar tentando eliminar essas exclusões e engajar seus consultores/corretores para ajudar a negociar coberturas de inclusão que fazem parte das filosofias de benefícios globais e valor crítico para muitos funcionários.

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