CVC encontra erros que podem impactar em R$ 250 mi

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A CVC encontrou indícios de erros e irregularidades contábeis nos valores transferidos a operadores turísticos, entre 2015 e 2019, e que devem chegar a aproximadamente R$ 250 milhões, causando impactos no balanço do quarto trimestre do ano passado. A operadora turística comunicou ao mercado que, caso sejam confirmados, esses erros obrigarão a realização de ajustes contábeis significativos nos resultados reportados, pois ocorreram na diferença entre valores provisionados no momento em que foram contratados os serviços turísticos e valores que foram efetivamente desembolsados aos fornecedores após a realização das viagens. A companhia ressalta que a descoberta não alterará sua posição atual de caixa, mas determinou uma apuração independente pelo Comitê de Auditoria.

Para os analistas do Bradesco BBI, tal fato é negativo para a empresa, significando que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi superestimado na mesma magnitude de R$ 250 milhões para o período, e que a receita líquida também foi superestimada em R$ 165 milhões (ao redor de 8%) para o quadriênio. Destacam, o fato da geração de caixa não ter sido afetada, pois os fornecedores foram pagos corretamente e a receita superestimada foi equiparada por um capital da mesma magnitude.

O importante é que os técnicos da casa de análise se mantém construtivos em relação à CVC na expectativa do final do primeiro trimestre, porque as vendas se deterioraram em março do ano passado. E, pelas suas ações terem sofrido desvalorização de 41% nos últimos doze meses, pr causa da alta do dólar e depois pelo surto do coronavírus que reduziu as vendas de viagens, a cotação deve se recuperar no futuro, pois a companhiia seguirá como operadora líder de turismo no Brasil. W estabeleceram a classificação de acima da média), com preço-alvo de R$ 42,00 para 2020, com pottencial de valorização em torno de 70%.

No pregão dessa segunda-feira, as ações da CVC sofreram desvalorização de mais de 12,90% e foram cotadas a até R$ 21,95.

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Eneva quer a AES Tietê para ter um dos três gigantes de energia

A Eneva, com controle compartilhado pelos fundos Cambuhy I, Moreira Sales, e do BTG Pactual, propôs a AES Tietê, do grupo norte-americano AES, uma combinação de negócios entre as companhias que resultaria na criação de um dos três gigantes no setor de geração brasileiro de energia. Para a Eneva, a oferta apresentada ao Conselho de Administração da empresa paulista de energia, visa a unificação das bases acionárias em uma companhia aberta listada no Novo Mercado da B3, com sólido portfólio de ativos, recursos complementares e potencial de se beneficiar de significativas sinergias operacionais e financeiras. Por causa disso, as units da AES Tietê subiram mais de 20% passando da cotação de R$ 18,35, Eneva valorizaram 5,29%, e foram a R$ 45,01.

A proposta está sujeita à aprovação dos acionistas da Eneva e da AES Tietê reunidos em assembleia geral; à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e à aprovação prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica. A operação se baseia na troca de 0,0461 ações ordinárias de da Eneva para ação ordinária ou preferencial da AES Tietê ou de 0,2305 por unit, mais uma parcela em dinheiro total de R$ 2,75 bilhões, equivalente a R$ 1,38 por cada ação ordinária ou preferencial ou R$ 6,89 por unit. A relação de troca contemplaria prêmio de 13,3% sobre o preço de fechamento das ações da AES Tietê no pregão anterior à proposta.

 

Hypera comprou os remédios da Takeda

As ações da Hypera subiram 11% no primeiro pregão da semana, ultrapassando os R$ 40, só porque a empresa confirmou que comprou por US$ 825 milhões, ou R$ 3,7 bilhões, o portfólio de 18 medicamentos sem prescrição da japonesa Takeda Pharmaceutical International, depois de assegurar com um consórcio de bancos, linhas de crédito de R$ 3,5 bilhões para financiar a aquisição. Entre os remédios adquiridos pela estão o Neosaldina, Dramin e Nesina e a venda dos adquiridos gerou um faturamento de R$ 900 milhões no Brasil e no México, no ano passado, sendo que os brasileiros foram responsáveis por 83% do valor. A aquisição será concluída até o final deste ano.

Para os analistas do Bradesco BBI, a aquisição dos remédios é bem-vinda por ampliar o portfólio da farmacêutica e gerará sinergias avaliadas em R$ 280 milhões, destacando que a produção deles, como o Dramin e a Neosaldina será transferida para a fábrica de Anápolis, onde os incentivos fiscais tornam os custos menores que em São Paulo. Mas ressaltam que, apesar da aquisição, ainda existe cenário desafiador para a Hypera, com as margens sob pressão porque a empresa é obrigada a investir em marketing para acelerar o crescimento. Assim, mantiveram a classificação como Neutra e o preço-alvo em R$ 36,00, uma alta de 4% sobre o preço de fechamento na B3 no pregão da última sexta-feira.

Pelo visto, houve uma euforia exagerada.

 

Analistas do UBS Wealth acreditam nas ações

Para o UBS Wealth Management a classificação dos papéis pós e pré-fixados continua abaixo da média do mercado, enquanto as das ações, principalmente das brasileiras, estão com uma exposição muito acima da média do mercado.

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