Dados alternativos permitem personalizar oferta de crédito

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Dinheiro (Foto: Filipe Castilhos)
Dinheiro (Foto: Filipe Castilhos)

A onda de inadimplência que cercou os concessores de crédito nos últimos meses acendeu o sinal vermelho sobre a importância da análise de crédito mais apurada para garantir a sustentabilidade e a solidez financeira das instituições. Para isso, é preciso pensar fora da caixa e buscar fontes de dados fora do tradicional. Este foi o tema da palestra Análise de crédito além da negativação e com dados não tradicionais, que aconteceu durante o evento MoOve On – O futuro e a humanização do crédito.

Durante o debate, o Diretor de Novos Negócios da Neurotech, Breno Costa explicou que o mercado precisa se preparar para lidar com uma onda gigante de dados não-estruturados de inúmeras fontes diferentes que está chegando. “É preciso tornar estes dados palatáveis para que eles possam influenciar as decisões de forma assertiva. A Neurotech pretende ser esse grande sistema digestivo, unindo os três pilares: dados alternativos, capacidade analítica e produção de um modelo capaz de atender às necessidades das instituições”, explicou.

Os dados alternativos envolvem informações não contempladas pela análise de crédito tradicional, como o histórico de compra online e o comportamento do consumidor, por exemplo. Segundo Costa, o erro atual está em se concentrar na negativação e aprovação, quando existe uma série de decisões a serem tomadas após a validação do cliente.

É justamente nesse contexto que os dados alternativos alinhados à capacidade analítica se destacam. Com essas informações, as empresas conseguem avaliar o potencial do cliente e atender com maior assertividade. “Existe vida após o corte dos modelos de score. É preciso olhar para o cliente bom e muito bom, ou seja, depois da aprovação, o passo deve ser adequar a oferta: qual será o produto? Qual a taxa? Qual o limite? Qual a rapidez da aprovação? Tudo isso vai impactar a experiência do consumidor e, por consequência, os resultados dos concessores de crédito”, afirmou.

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Costa lembrou que a união da Neurotech com a B3 criou um ecossistema amplo que permitiu não só ampliar o volume de dados disponíveis, mas também a geração de valor aos clientes. “O principal ponto é que é preciso moer os dados, ou seja, ter capacidade analítica para tomar decisões a partir deles”, destacou.

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