De abril de 2022 a março de 2023, DF exportou US$ 392,75 milhões

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Brasília: Esplanada dos Ministérios (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Brasília: Esplanada dos Ministérios (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Em março, as exportações do Distrito Federal somavam US$ 41,74 milhões, de acordo com dados da plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O valor representa aumento de 24,57% em relação a fevereiro. No acumulado em 12 meses, de abril de 2022 a março de 2023, os US$ 392,75 milhões exportados pelo DF significam aumento de 36,49% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Localizada na região Centro-Oeste, a menor das 27 unidades federativas do país participa da pauta exportadora brasileira com produtos como carne de frango, soja, querosenes de aviação e enchidos e semelhantes de carne.

Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, a localização do DF é um atrativo. “Brasília está no centro da América do Sul, fator que nos coloca em posição extremamente favorável, especialmente para a logística aérea”, diz.

Um dos principais diferenciais, segundo Bittar, é o fato de Brasília estar localizada no centro político e administrativo do Brasil, onde há embaixadas e câmaras de comércio de grande parte dos países com quem o país tem relações diplomáticas. Além disso, o DF integra uma das maiores zonas brasileiras de produção agropecuária, com oportunidade da ampliação do atual parque industrial do setor de alimentos.

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Outro ponto, considerado bastante relevante, é o fato de que o DF é uma das regiões com maior nível de escolaridade do Brasil, seja acadêmica ou técnica.

“Há profissionais qualificados disponíveis para implementação de um parque industrial de alta tecnologia, com condições de atender a demanda global por produção de alto valor agregado”, afirma Bittar.

Especialistas concordam que a produção industrial do DF precisa ser incentivada e fortalecida para que o local possa se tornar um hub exportador, abrindo possibilidades de investimentos para expansão. Do ponto de vista logístico, uma das melhorias seria investir em uma melhor integração dos modais ferroviário, rodoviário e aéreo para que exportar pelo DF seja mais vantajoso logisticamente e financeiramente, atendendo não somente ao parque industrial do DF, mas a todo o país.

De acordo com a Fibra, em 2022, 88% das importações do DF foram por via área, enquanto 25% das exportações foram realizadas por este mesmo modal.

“Observa-se aí uma oportunidade de se utilizar esse espaço para incentivar as vendas externas, diversificando a pauta de produtos exportados que têm nessa via de transporte vantagem competitiva”, pontua Bittar.

A regulamentação da Lei nº 7.023/2021, que criou o Complexo de Exportação e Logística do DF, também é apontada como uma necessidade.

Dentre os países parceiros do Distrito Federal, China e Arábia Saudita são os principais. Há exportações em menor escala para a América do Sul, EUA e África. Para o executivo do Sistema Cisbra-Caesp e especialista em Oriente Médio, Michel Alaby, o Brasil, e neste caso Brasília, por conta da exportação de carnes e aves, pode aproveitar oportunidades com os países árabes. Por lá, a pauta da segurança alimentar é bastante latente.

O executivo acredita que uma forma de impulsionar as exportações é levar em consideração as vantagens competitivas de cada região. Apesar de ser um país de dimensões continentais, os aspectos regionais são considerados um fator positivo para a produção industrial, especialmente por conta da diversidade de insumos e as especificidades climáticas. Com isso, se houver incentivo, a tendência é de maior presença no mercado global.

Para alavancar o desenvolvimento econômico no DF, assim como de outras regiões, o apoio às empresas que querem garantir espaço no mercado internacional é fundamental. Alaby destaca que as pequenas e médias empresas devem buscar apoio nas câmaras de comércio, associações comerciais e embaixadas para entender o que é necessário.

“Evidente que exportar não é como vender no mercado interno, há nuances culturais e normas técnicas nos países. Por isso, o ideal é que pequenas e médias comecem em mercados mais próximos, como América Latina”, diz.

Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe

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