Decisão da 3R pode prejudicar produção de petróleo no RN

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Refinaria Landulpho Alves - Rlam (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)
Refinaria Landulpho Alves - Rlam (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)

Entre os impactos causados pelas vendas dos ativos da Petrobras durante o governo Bolsonaro, está a interrupção da produção de vaporduto situado no Rio Grande do Norte. Isso porque a 3R, compradora do Polo Potiguar, localizado no estado, decidiu de forma unilateral, rescindir a aquisição de vapor gerado na Termelétrica Vale do Açú, atesta a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A federação e seus sindicatos ainda não foram informados sobre o que motivou a rescisão e cobram explicações. Há forte preocupação com o impacto que a interrupção do fornecimento de vapor pode causar, a médio e longo prazo, na produção de petróleo na região. O Sindipetro-RN teme redução na quantidade de petróleo produzido no Rio Grande do Norte.

Segundo o representante do Sindipetro-RN, Ivis Corsino, a usina termelétrica e o vaporduto foram pensados de forma integrada para a geração de energia elétrica e vapor, que são fundamentais na recuperação de petróleo nos campos de Alto do Rodrigues e Estreito (RN); Portanto, a interrupção do fornecimento de vapor, neste momento, fez com que as atividades da Usina Termelétrica fossem paralisadas, fato que pode gerar graves consequências como a diminuição dos postos de trabalho na unidade e o aumento do custo de energia elétrica, já que a cogeração de vapor está inoperante.

Capacidade instalada

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A FUP e o Sindipetro-RN solicitaram à 3R um relatório detalhado onde conste o número de trabalhadores efetivos na operação. A relevância da Unidade Termoelétrica Vale do Açu para o RN A UTE Vale do Açu (UTE-VLA) possui potência instalada de 310,1 MW e entrou em operação comercial em setembro de 2008. A unidade tem capacidade de consumo diário de 2,3 milhões m³ de gás natural e conta com duas turbinas a gás, com uma potência aproximada de 155 MW em cada unidade geradora.

As turbinas operam em sistema de cogeração e têm capacidade de produção de 610 ton/h de vapor para os campos de petróleo da região. A Usina não recebeu obras de ampliação desde o começo de suas atividades.

Considerando os dados do Anuário Estatístico de Energia Elétrica de 2021, a potência da UTE-VLA é suficiente para abastecer mais de 1,3 milhão de residências. Atualmente a planta produz em média 240 ton/h de vapor, para injeção nos campos terrestres de petróleo do Alto do Rodrigues. Essa produção foi reduzida, em virtude do preço do gás natural.

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