O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). O índice é usado para observar tendências de inflação.
Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve deflação de 0,14% em agosto deste ano. Em julho, o INPC havia registrado inflação de 0,26%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou em 0,20%. Com o resultado, o INPC acumula 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC apresentou taxas mais baixas do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e que registrou deflação de 0,02% em agosto e inflação de 2,85% no ano e de 4,24% em 12 meses. De acordo com o INPC, os produtos alimentícios recuaram 0,63% em agosto último, enquanto os não alimentícios tiveram um aumento de preços de apenas 0,02% no mês.
Abaixo do esperado
“O dado do IPCA de agosto veio abaixo do esperado, e apresentou deflação. Na variação mensal veio -0,02% x +0,01% esperado, a variação anual saiu de +4,50% para +4,24% x +4,30% esperado”, comentou Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.
Segundo Fernandes, o destaque positivo ficou para habitação que teve queda de -0,51%, principalmente pela queda na energia elétrica por conta da correção da bandeira, que voltou para bandeira verde. Alimentos seguiu em queda, influenciado pela queda das commodities. Destaque para a queda no preço da batata-inglesa e tomate.
Do lado negativo, o combustível segue impactando negativamente e puxando o índice, com a Petrobras negociando acima da paridade internacional, isso se refletiu no IPCA de agosto. O segmento de educação e artigos de residência foram os destaques de alta, mas não conseguiram evitar que o índice viesse em deflação.
“Destaque positivo para os núcleos, ajudado por serviços subjacentes que recua pelo segundo mês seguido”, cita Fernandes. Na opinião do analista, com esses dados, o mercado deve seguir pressionando o Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) para dar um aumento de juros, mas ainda há parte do mercado acreditando que uma manutenção seria o melhor movimento. Para Fernandes, com o IPCA melhor que o esperado e em deflação, e com o Fed, banco central dos EUA, e Europa cortando juros, o Banco Central deverá ponderar bem se vale a pena dar o aumento que o mercado está pedindo, ou se a manutenção, com os juros já em território restritivo, seria o melhor movimento.
O mercado acredita que o Banco Central possa aumentar apenas +0,25% a Selic, ou até mesmo manter ela no patamar atual. A taxa Selic hoje é 10,50%, anunciada dia 19/06/2024. A manutenção da Selic em 10,50% ao ano, interrompeu um ciclo de sete cortes consecutivos na taxa.
INPC
Em julho, o INPC havia registrado inflação de 0,26%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou em 0,20%. Com o resultado, o INPC acumula 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC apresentou taxas mais baixas do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e que registrou deflação de 0,02% em agosto e inflação de 2,85% no ano e de 4,24% em 12 meses. De acordo com o INPC, os produtos alimentícios recuaram 0,63% em agosto último, enquanto os não alimentícios tiveram um aumento de preços de apenas 0,02% no mês.