Deflação foi a tônica em agosto

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Um consumidor faz compras em um supermercado em Anshun, província de Guizhou, no sudoeste da China, em 11 de abril de 2023. Os preços ao consumidor da China registraram um leve crescimento em março, em forte contraste com a inflação global persistente, mostraram dados oficiais. (Foto de Chen Xi/Xinhua)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). O índice é usado para observar tendências de inflação.

Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve deflação de 0,14% em agosto deste ano. Em julho, o INPC havia registrado inflação de 0,26%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou em 0,20%. Com o resultado, o INPC acumula 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O INPC apresentou taxas mais baixas do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e que registrou deflação de 0,02% em agosto e inflação de 2,85% no ano e de 4,24% em 12 meses. De acordo com o INPC, os produtos alimentícios recuaram 0,63% em agosto último, enquanto os não alimentícios tiveram um aumento de preços de apenas 0,02% no mês.

Abaixo do esperado

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“O dado do IPCA de agosto veio abaixo do esperado, e apresentou deflação. Na variação mensal veio -0,02% x +0,01% esperado, a variação anual saiu de +4,50% para +4,24% x +4,30% esperado”, comentou Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.

Segundo Fernandes, o destaque positivo ficou para habitação que teve queda de -0,51%, principalmente pela queda na energia elétrica por conta da correção da bandeira, que voltou para bandeira verde. Alimentos seguiu em queda, influenciado pela queda das commodities. Destaque para a queda no preço da batata-inglesa e tomate.

Do lado negativo, o combustível segue impactando negativamente e puxando o índice, com a Petrobras negociando acima da paridade internacional, isso se refletiu no IPCA de agosto. O segmento de educação e artigos de residência foram os destaques de alta, mas não conseguiram evitar que o índice viesse em deflação.

“Destaque positivo para os núcleos, ajudado por serviços subjacentes que recua pelo segundo mês seguido”, cita Fernandes. Na opinião do analista, com esses dados, o mercado deve seguir pressionando o Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) para dar um aumento de juros, mas ainda há parte do mercado acreditando que uma manutenção seria o melhor movimento. Para Fernandes, com o IPCA melhor que o esperado e em deflação, e com o Fed, banco central dos EUA, e Europa cortando juros, o Banco Central deverá ponderar bem se vale a pena dar o aumento que o mercado está pedindo, ou se a manutenção, com os juros já em território restritivo, seria o melhor movimento.

O mercado acredita que o Banco Central possa aumentar apenas +0,25% a Selic, ou até mesmo manter ela no patamar atual. A taxa Selic hoje é 10,50%, anunciada dia 19/06/2024. A manutenção da Selic em 10,50% ao ano, interrompeu um ciclo de sete cortes consecutivos na taxa.

INPC

Em julho, o INPC havia registrado inflação de 0,26%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou em 0,20%. Com o resultado, o INPC acumula 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O INPC apresentou taxas mais baixas do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e que registrou deflação de 0,02% em agosto e inflação de 2,85% no ano e de 4,24% em 12 meses. De acordo com o INPC, os produtos alimentícios recuaram 0,63% em agosto último, enquanto os não alimentícios tiveram um aumento de preços de apenas 0,02% no mês.

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