Delegados e delegados adjuntos que atuam em todas as Regiões Fiscais da Receita Federal decidiram aderir à greve dos auditores-fiscais. “É a segunda vez na história do órgão que as chefias de unidades decidem participar de um movimento grevista fazendo marcação expressa na folha de ponto. Na primeira ocasião, em fevereiro deste ano, mais de dois terços dos delegados e adjuntos de quase todos os estados do país tomaram a decisão de participar da mobilização”, informa o Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal).
Os servidores reclamam da falta de definição no reajuste do vencimento básico, mas a decisão de aderir à greve vem em seguida a recentes alterações na remuneração variável da categoria. As medidas, publicadas na semana passada pela Receita Federal, desconfiguram, segundo o sindicato, o acordo do bônus de eficiência, que foi assinado em fevereiro do ano passado e que, à época, resultou de uma greve de 81 dias.
A atual mobilização já atingiu o dobro desse tempo – 163 dias nesta quinta-feira. No comunicado enviado aos superintendentes da 1ª Região Fiscal, cinco chefias de unidades afirmam que iniciaram a greve nesta terça (6), “diante das decisões do Comitê Gestor do Bônus de Eficiência, publicadas na véspera de feriado, sem alinhamento prévio com a gestão tática dessa Receita Federal”.
Na 6ª Região Fiscal, 23 auditores-fiscais ocupantes de cargos de gestão de unidades e divisões afirmaram, em comunicado ao superintendente, que chegaram a um ponto de inflexão e listaram as decisões tomadas pelo grupo. Entre elas, informam que vão registrar “greve em controle de frequência em todas as terças, quartas e quintas-feiras do mês, a partir do dia 13, até que se resolva a questão do vencimento básico”.
Na 7ª Região, 15 delegados e delegados adjuntos enviaram à superintendência comunicado de adesão ao movimento, informando que farão greve entre os dias 12 e 16 de maio. Já na 8ª Região Fiscal, foi comunicada a decisão de registrar greve em suas folhas de frequência nos dias 13, 14 e 15 de maio.
O Sindifisco Nacional considera a decisão do Comitê Gestor de publicar as duas resoluções “uma afronta à categoria”. A inclusão da revogação das resoluções 7 e 8 na pauta da categoria foi um dos itens postos em votação na Assembleia Nacional promovida pelo Sindifisco Nacional nesta quarta-feira (7), aprovada com 99,4% dos votos.
A greve dos auditores-fiscais da Receita Federal, iniciada em 26 de novembro de 2024, tem como principal causa o descumprimento de acordo firmado pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI) de abrir uma mesa de negociação temporária para discutir a recomposição inflacionária do vencimento básico, segundo os sindicalistas.
O salário da categoria está congelado desde 2016, com exceção dos 9% de reajuste dados em 2023 para todas as carreiras. Segundo cálculos do Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), as perdas já estão acumuladas em 28%.
Enquanto isso eu continuo com o processo administrativo parado a mais de 450 dias. Quem sofre é o contribuinte.
Coloquem IA e para fazer o trabalho da receita e demitam 90% do efetivo, o país agradece. Esses sangue sugas já ganham muito bem, além de bônus de 11,5 mil reais para fazerem o que fazem com a justificativa de trabalharem melhor. Imagine se todos os órgãos quiserem isso.