Delfim: ‘criar renda mínima é obrigação moral do Estado’

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Ex-ministro da Fazenda entre 1967 e 1974, Delfim Netto disse que o governo tem obrigação moral de manter uma renda mínima para a população que vive em situação precária. "No fundo, essa pandemia nos levou a descobrir 38 milhões de invisíveis. Não existem mais condições morais de ignorá-los", ressaltou. Delfim foi o entrevistado do Poder em Foco ontem à noite, no SBT.

O economista defendeu a criação de uma política de renda de solidariedade, que ajude os beneficiários a sair da situação de vulnerabilidade. "Vamos ter que produzir um programa inteligente, para que essas pessoas possam procurar a própria cidadania. Quer dizer, não será uma esmola", afirmou.

Delfim elogiou o desempenho do ministro da Economia, Paulo Guedes. "Eu acho que o Paulo está se comportando bastante bem. Ele é inteligente, na verdade é um grande sonhador que expõe as suas ideias com grande clareza". Mas reprovou a ideia de criar um tributo sobre transações digitais. "Esse é um imposto ruim mesmo. Em princípio, o imposto tem que ser sobre valor adicionado" explicou.     

Delfim Netto, 92 anos, também foi ministro do Planejamento e da Agricultura. Esteve no Governo entre os anos de 1967 e 1985. Ele foi deputado federal por cinco mandatos, inclusive na Assembleia Nacional Constituinte. Na conversa^, ele falou ainda sobre como está atravessando o isolamento social e conta que descobriu com o isolamento social que perdeu tempo e dinheiro nos últimos anos, porque poderia ter adotado as plataformas digitais antes.

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"Hoje eu aprendi. Você não precisa mais ir para o escritório. E fico me recriminando de como eu fui burro, nós podíamos estar fazendo isso já faz uns 10 anos. Não precisava comprar uma casa. Os custos melhoram dramaticamente. A eficiência do sistema econômico vai melhorar dramaticamente. Nós aprendemos que esse negócio aqui é um grande produtor de alegria, de tristeza e de produtividade" concluiu.

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