Delivery cresceu 276% no Carnaval

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Entregador (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Entregador (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Levantamento da Linx em parceria com Neemo apontou que o número de pedidos entre a sexta-feira de Carnaval e Quarta-feira de Cinzas saltou 276% quando comparado ao mesmo período de 2020. Segundo o estudo, o isolamento social, a consolidação da cultura do delivery provocada pela pandemia e a tradição da comemoração do Carnaval, mesmo que em casa, criaram um ambiente favorável para a modalidade ter boas vendas. A entrega de refeições em casa já vinha crescendo nos últimos anos, com aumentos no Carnaval de mais de 200% ano a ano.

Para animar a celebração, a sexta-feira de Carnaval foi a preferida dos brasileiros para pedir refeições por delivery. Sábado e domingo ocuparam a segunda e terceira posição do ranking de dias mais movimentados em pedidos. Em 2020, quando os desfiles e festas de rua aconteceram normalmente, os dois primeiros dias também foram os mais movimentados.

Já segundo a pesquisa Shopping During The Pandemic, realizada pela Ipsos com entrevistados de 28 países, 47% dos brasileiros têm feito mais compras virtuais do que faziam antes da pandemia de Covid-19. No mundo todo, são 43%. Os respondentes que mais aumentaram a frequência com que fazem compras online, desde o início da crise sanitária, foram os do Chile (59%), Reino Unido (55%), Turquia e Coreia do Sul (54%). Enquanto 47% das pessoas no Brasil estão comprando mais pela internet, 17% relataram comprar menos e 36% compram tanto quanto antes. Ainda segundo o estudo, 36% dos entrevistados no país disseram que estão comprando menos em lojas pequenas, de comércio local, se comparado ao período pré-pandemia. Por outro lado, 49% afirmaram ir a lojas tanto quanto antes e 15% têm frequentado tais estabelecimentos com mais frequência do que antes da crise. No mundo todo, o percentual de pessoas que tem saído menos para comprar em comércios da proximidade é de 30%.

Globalmente, as pessoas com poder aquisitivo mais alto tiveram o crescimento mais significativo nas compras virtuais: 49% fazem mais compras pela internet do que antes. Entre os respondentes de baixa renda, são 37%; na classe média, são 43%. O perfil que mais aderiu às compras virtuais durante a crise de Covid-19, além de ser de alta renda, é também majoritariamente feminino e jovem. De todas as participantes do estudo, 45% disseram estar comprando mais pela internet, contra 41% dos homens. Além disso, 45% dos entrevistados com menos de 35 anos aumentaram o consumo online na pandemia, contra 40% entre os mais velhos, de 50 a 74 anos.

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Assim como a ida às lojas físicas, o brasileiro tem evitado comer fora mais do que o resto do mundo. Dos respondentes do país, 67% declararam estar indo a restaurantes locais com menos assiduidade do que antes. Considerando todas as nações, são 63%.

Apesar da queda da clientela nos salões dos restaurantes de bairro, apenas 1 entre cada 4 brasileiros (25%) disse ter pedido mais delivery no período pandêmico. Em contrapartida, 35% estão comprando menos comida por delivery e 40% escolhem a modalidade de entrega em casa tanto quanto faziam antes.

De 28 países, apenas oito apresentam aumento de consumo por delivery mais alto do que o de pessoas que diminuíram o consumo por delivery. São eles: Chile, Colômbia, Malásia, EUA, Bélgica, Coreia do Sul, Alemanha e Holanda. Na média do mundo todo, 23% têm recorrido com mais frequência à entrega de refeições, contra 32% que estão pedindo menos delivery e 45% que não mudaram seus hábitos.

As pessoas que menos têm saído para comer são mulheres: 66% do total de participantes do sexo feminino diminuíram suas idas a restaurantes, enquanto 59% dos homens fizeram o mesmo. A faixa etária de 50 a 74 anos está se prevenindo mais, pois 68% relataram queda na frequência com que comem fora. Entre aqueles com idade de 35 a 49 anos, são 64% e, entre os entrevistados com menos de 35 anos, 57%.

A pesquisa foi realizada virtualmente com 20.504 entrevistados de 28 países, com idades de 16 a 74 anos, entre os dias 20 de novembro e 4 de dezembro. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

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