A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) previu, nesta segunda-feira, um aumento de 16,5% na demanda global por petróleo de 2022 a 2045.
No seu relatório World Oil Outlook 2023, o bloco disse que espera que a demanda global de petróleo aumente de 99,6 milhões de barris por dia (bpd) em 2022 para 116 milhões de bpd em 2045.
O crescimento será impulsionado principalmente pelas nações e regiões emergentes e em desenvolvimento, incluindo a Índia, a China, a África e o Médio Oriente.
O secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais, disse no prefácio do relatório anual que a previsão de 116 milhões de bpd de procura global de petróleo em 2045 é “cerca de 6 milhões de bpd superior” à estimativa do relatório do ano passado, “com potencial para ser ainda maior”.
“O que está claro é que o mundo continuará a precisar de mais energia nas próximas décadas, à medida que as populações se expandem, as economias crescem e dada a necessidade premente de levar serviços energéticos modernos para aqueles que continuam sem eles”, disse Al Ghais sobre a alta da demanda global de petróleo.
O chefe da Opep acrescentou que o setor petrolífero necessitaria de investimentos de US$ 14 trilhões até 2045, ou cerca de US$ 610 bilhões por ano, para satisfazer a crescente procura energética global.
O relatório da Opep também previu que o petróleo continuará a ser a maior fonte de energia no mix energético global, embora a sua quota caia ligeiramente de 31,2% em 2022 para 29,5% em 2045.
O relatório prevê que a quota de energias renováveis, incluindo a energia eólica, solar, geotérmica e das marés, aumentará de 2,7% em 2022 para 11,7% em 2045, graças ao “forte apoio político em muitas regiões”.
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira com o recrudescimento da situação na Palestina. O contrato do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro aumentou US$ 3,59, ou 4,34%, para fechar em US$ 86,38 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York. O contrato do Brent para dezembro subiu US$ 3,62, alta de 4,28%, fechando a US$ 88,20 no mercado de Londres.
Com Agência Xinhua