Demanda por bens duráveis deve aumentar no Rio

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Os fluminenses estão mais otimistas com a retomada econômica. É o que aponta a pesquisa com consumidores realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Entre os entrevistados, 43,5% estão confiantes ou muito confiantes quanto à retomada econômica brasileira nos próximos 3 meses. Em relação ao 3º trimestre de 2020, 61,4% informaram ter ficado pouco endividados ou sem dívidas. Mesmo com a pandemia, as perspectivas de consumo se mostram firmes e 37,1% pretendem adquirir bens duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis até o fim do ano.  

Porém, na contramão desse cenário positivo, uma sombra é percebida por quase todos, a inflação:  94,5% afirmam que os preços de bens e serviços que consomem estão subindo. A sondagem contou com a participação de 409 consumidores do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de entender quais as expectativas dos fluminenses com relação à retomada da economia do estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.  

O número de pessoas confiantes na economia brasileira subiu de 31,5% para 37,9%. Para 15,2%, o ritmo econômico não irá se alterar. Já os pessimistas (28,4%) e os muito pessimistas (13%) apresentaram, respectivamente, aumento e redução frente a setembro: 27,1% e 15,7%.  

Em relação à confiança na economia fluminense, o número de consumidores pessimistas lidera a atual pesquisa (28,6%), seguido pelos confiantes (28,1%), muito pessimistas (23%), indiferentes (16,4%) e muito confiantes (3,9%). Houve um aumento de cidadãos otimistas em relação à pesquisa de setembro (26,5%).  

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A pesquisa constatou que houve crescimento no número de consumidores que acreditam que a renda familiar aumentará (19,1% em outubro frente a 13,3% em setembro) ou que será mantida (48,9% em outubro contra 39,8% em setembro). Já o número de pessimistas caiu: para 19,1% haverá queda na receita familiar e 11,2% creem que reduzirá muito. Para 1,7% dos entrevistados, haverá um grande aumento em suas rendas.  

O número de consumidores com dívidas apresentou um leve aumento em outubro: 25,9% contra 23,3% em setembro. Já o número de muito endividados caiu: de 19,9% contra 12,7%. Houve aumento dos que estão com poucas restrições: 28,1% e dos que não têm dívidas, 33,3%. Isso mostra uma tendência de melhora de renda na situação das famílias no estado, o que pode estimular o consumo.  

Em relação à inadimplência, foi constatado aumento de consumidores não inadimplentes: em setembro, o número era 47,1% e em outubro o percentual aumentou para 52,6%. Os que estão pouco inadimplidos permaneceu praticamente igual entre setembro e outubro: respectivamente 22,7% e 22,2%. Já o número de cidadãos inadimplentes caiu de 19,8% em setembro para 16,4% em outubro, assim como os que estão muito inadimplentes: de 10,3% em setembro para 8,8% em outubro.  

Entre os gastos relacionados à inadimplência, lideram o ranking o cartão de crédito (47,6%), seguido por contas de luz, gás, telefone, água e internet (40,3%), crédito pessoal (30,4%), educação (22%), cheque especial (16,8%), entre outros.  

Um dado que chamou a atenção nessa pesquisa foi o aumento da intenção de compra de bens duráveis: 37,1% devem aumentar seus gastos com eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis – em agosto, apenas 14,9% responderam que iriam comprar mais. Para 34,8%, os gastos irão se manter e 28,1% afirmaram que irão gastar menos. 

A pesquisa mostrou que houve queda no número de pessoas que estão com muito medo de perder o emprego nos últimos meses – de 43,2% para 32,3% em outubro. Já o percentual dos que estão com pouco receio subiu de 18,5% para 27,1% e os que estão confiantes também apresentou aumento, de 38,2% em setembro para 40,6% em outubro.    

O número de consumidores que concordam que os preços dos bens e serviços que consomem estão aumentando apresentou um incremento: 94,5% frente a 89% constatado em setembro. Já os que acreditam na estabilidade correspondem a 2,7% e os que acham que os preços estão diminuindo, 0,5%. 2,2% não souberam informar.

 

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