A demanda por crédito no Brasil registrou queda pelo sétimo mês consecutivo no ano. Em julho, a retração voltou a dois dígitos, atingindo -10% quando comparado com o mesmo mês de 2022. As perdas estão ligadas ao segmento de bancos e financeiras, que tiveram uma diminuição de 22% no mesmo período. Já o varejo e serviços reverteram a tendência negativa a partir de maio e mostram aumento da demanda pelo terceiro mês consecutivo em igual base de comparação, com alta de 24% e 19%, respectivamente. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.
“Por terem mais recursos e um arsenal de produtos maior para trabalhar a própria carteira de clientes que já tende a ser grande pela maior envergadura destas instituições, os bancos e financeiras têm se mantido mais reticentes na hora de ampliar a oferta de crédito ao público”, afirma Breno Costa, diretor da Neurotech e responsável pelo indicador.
Na comparação mensal, julho demonstra leve melhora, com alta de 1% na comparação com junho. Por segmento, a demanda por crédito ficou assim: bancos e financeiras (+4%); serviços (+11%) e varejo (-15%). Os dados estão em linha com o esperado, pois a cautela na concessão de crédito permanece. Desde o final do ano passado, o mercado demonstra queda mês a mês com alguns soluços de melhora, como ocorreu em março e maio e agora a leve melhora em julho.
No varejo, o ranking do INDC por segmento em relação a junho ficou assim. Destaque para o setor moveleiro, com alta de 15% e lojas de departamentos (+9%). No campo negativo ficaram Eletroeletrônicos e Vestuário, ambos com queda de 2% e os supermercados tiveram forte retração (-34%).
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