Departamento de Justiça dos EUA denuncia o Google por monopólio

288

O Departamento de Justiça dos EUA abriu nesta terça-feira uma ação antitruste alegando que o Google “mantém ilegalmente monopólios” nos mercados de busca e publicidade em buscas. A ação foi movida no Tribunal do Distrito de Columbia. Onze procuradores-gerais estaduais ingressaram como demandantes no caso, relata a agêcnia de notícias Xinhua.

Como uma das empresas mais ricas do planeta, com um valor de mercado de US$ 1 trilhão, o Google, de propriedade da Alphabet Inc., é o “guardião do monopólio da Internet” para bilhões de usuários e incontáveis anunciantes em todo o mundo, assinala o departamento em nota. Durante anos, o Google respondeu por quase 90% de todas as consultas de pesquisa nos Estados Unidos e “usou táticas anticompetitivas para manter e estender seus monopólios em pesquisa e publicidade em pesquisas”, frisa o órgão oficial. O CEO do Google é Sundar Pichi.

A Reclamação alega que o Google manteve ilegalmente monopólios ao entrar em acordos de exclusividade que proíbem a pré-instalação de qualquer serviço de busca concorrente, além de acordos de longo prazo com a Apple que exigem que o Google seja o padrão.

A companhia teve receita de US$ 162 bilhões no ano passado, mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) de países como Hungria, Ucrânia e Marrocos. O Google tem enfrentado desafios legais semelhantes no exterior. A União Europeia multou a companhia em US$ 1,7 bilhão em 2019 por impedir que sites usassem serviços rivais para encontrar anunciantes; em US$ 2,6 bilhões em 2017 por favorecer seu próprio produto; e em US$ 4,9 bilhões em 2018, por bloquear rivais no Android.

Espaço Publicitáriocnseg

“Hoje, milhões de norte-americanos dependem da internet e de plataformas online para suas vidas diárias. A competição neste setor é de vital importância, e é por isso que o desafio de hoje contra o Google – o guardião da internet – por violar as leis antitruste é um caso monumental tanto para o Departamento de Justiça quanto para o povo norte-americano”, disse o procurador-geral William Barr. Um porta-voz do Google, entretanto, foi citado pela CNBC afirmando que o processo é “profundamente falho”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui