Desafio para o Rio

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Uma série de fatores positivos estão disponíveis no Estado do Rio de Janeiro para, a médio prazo, dar um extraordinário impulso à economia do estado e a seus índices de desenvolvimento humano, alavacando vocações e potencialidades de suas diversas regiões ainda não inteiramente exploradas.
No plano da superestrutura, aqui temos grandes centros de pesquisas e investigação científica, com uma concentração significativa de professores e doutores do mais alto nível, o que nos situa em lugar de destaque no país. Considerando que, neste início de século, o conhecimento é a mais importante e cara mercadoria no mercado globalizado, temos então uma situação privilegiada que nos assegura condições de desenvolvimento e de competitividade.
O mesmo ocorre com a mão-de-obra disponível altamente qualificada, com destaque para serviços, turismo, hotelaria, software, indústria petrolífera, metalurgia, naval e construção civil, entre outros segmentos da economia, o que nos qualifica para receber investimentos diretos, nacionais e externos, como nenhum outro estado da Federação.
A espetacular performance da Petrobras – que hoje já garante 85% da demanda nacional e marcha para garantir nossa auto-suficiência – e as descobertas de gigantescos poços de óleo e gás nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo aceleraram a demanda por bens e serviços no Rio e na Região Norte Fluminense, o que por ora é suprido em parte por empresas estrangeiras.
O aumento da produção de gás, por exemplo, abriu caminho para instalação da Rio Polímeros, central de matérias-primas que vai viabilizar, já a partir do próximo ano, a instalação de várias empresas de segunda geração petroquímica, tornando realidade o Pólo Gás-Químco do Rio de Janeiro.
Também a indústria naval, outrora uma das mais importantes do estado e que esteve paralisada por quase duas décadas, reativou estaleiros e retomou a produção, graças, em grande parte, às encomendas da Petrobras. Entretanto, medidas outras são necessárias, como melhoria da rede rodoferroviaria do estado, especialmente da BR-101; conclusão do Porto de Sepetiba; e construção do anel rodoviário do Grande Rio, ligando os acessos do estado ao porto.
E o turismo, com toda esta beleza e diversidade da natureza com que fomos presenteados? Constatar, por exemplo, que Angra dos Reis, com suas 365 ilhas paradisíacas, recebe menos turistas de que qualquer ilhota do Mediterrâneo dá o que pensar. Nossas possibilidades de desenvolvimento em todas as frentes são imensas.

Noel de Carvalho
Deputado estadual (PMDB), é líder do governo na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

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