Desastres naturais levam 26 milhões à pobreza

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Perdas de US$ 520 bilhões por ano

População  atingida pelo Furacão Matthew, no Haiti, em outubro
População atingida pelo Furacão Matthew, no Haiti, em outubro

Os desastres naturais atiram para a pobreza 26 milhões de pessoas todos os anos e provocam perdas anuais de US$ 520 bilhões no consumo, revela o relatório “Inquebrável: Construir a Resiliência dos Pobres Perante Desastres Naturais”, publicado pelo Banco Mundial e pela Instituição Global para a Redução de Desastres e Recuperação (GFDRR).
“Os choques climáticos severos ameaçam fazer reverter décadas de progressos contra a pobreza”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, citado em um comunicado da instituição. A redução da pobreza, porém, foi afetada seriamente pela crise econômica e financeira nos países desenvolvidos, com aumento da concentração de renda nos últimos oito anos.
“As tempestades, as inundações e as secas têm graves consequências humanas e econômicas, com os pobres pagando, muitas vezes, o preço mais elevado. Construir resiliência aos desastres não só faz sentido em termos econômicos, como é um imperativo moral”, acrescentou Kim, segundo a Agência Brasil.
Em todos os 117 países estudados, o efeito dos extremos climáticos no bem-estar, medido em perdas no consumo, é maior do que nas perdas patrimoniais. A estimativa de perdas em consumo ultra-passa todas as previsões anteriores em até 60%.
Os autores exemplificam que o ciclone Nargis, que afetou a Birmânia (Myanmar), em 2008, forçou até metade dos agricultores do país a vender propriedades, incluindo terra, para aliviar o peso da dívida que contraíram devido ao desastre.
Medidas como sistemas de alerta, acesso melhorado à banca pessoal, políticas de seguros e sistemas de proteção social permitiriam os países e as comunidades a pouparem US$ 100 bilhões por ano e a reduzirem o impacto dos desastres no bem-estar em 20%.

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