Desconectada

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Dos cerca de R$ 2 bilhões arrecadados este ano pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), apenas pouco menos de R$ 300 milhões serão executados este ano. O restante é desviado para engordar o superávit primário (economia para pagar juros). A informação é da revista eletrônica Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social (www.intervozes.org.br/noticias/03-12-006.htm): “A situação em que se encontra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma conseqüência direta da falta de uma política estratégica do Governo Lula para a área das Comunicações. Assim, boa parte das iniciativas inerentes à agência só acontece de forma reativa, em especial as ações de fiscalização”, critica o Intervozes.

“Acá hay gobierno”
Enquanto o setor de telecomunicações no Brasil segue ao sabor de lobbies e com pouca transparência nas decisões, a Argentina decidiu centralizar o controle do segmento no Executivo: “O presidente Kirchner acabou com essa mistificação de agências reguladoras e centralizou no Executivo o controle das operadoras de telecomunicações”, define um jornalista brasileiro que morou até recentemente na Argentina.

Pelo cano
Portugal lançou, em www.sapo.pt, uma espécie de concorrente do YouTube. Mas o site tem lá seus problemas: os participantes se identificam como “gato fedorento” ou outras alcunhas exóticas; e quando se tenta assistir a um vídeo, depois de longa espera, vem a mensagem: “Site em manutenção”.

Função
Talvez por falta de opção, um apresentador de programa de rádio recorreu ao ex-ministro Maílson da Nóbrega – o “Senhor Inflação” – para discorrer sobre a necessidade de o Governo Lula manter a “austeridade” e não descambar para “aventuras” para não pôr em risco as “conquistas” até aqui conseguidas.
O que faz lembrar a resposta do também ex-ministro Delfim Netto quando perguntado sobre Maílson, ex-subalterno do ex-czar da economia na ditadura: “Era aquele sujeito que cuidava das máquinas de escrever?”

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Rei morto
A nova Varig tem interesse em ocupar a vaga da antiga na Star Alliance, rede de companhias aéreas que reúne United, TAP, Lufthansa e Swiss Air, entre outras. A antiga Varig será desligada da aliança em 31 de janeiro de 2007. Durante o primeiro mês do ano, será avaliada a pretensão da sucessora da tradicional empresa brasileira.

Pirueta fiscal
O caos aéreo imposto aos brasileiros no fim do ano revela didaticamente os efeitos da política de ajuste fiscal, da qual tanto se orgulha o presidente Lula. Primeiro, foi o Ministério do Turismo mostrando que a quase falência da Varig causou praticamente o dobro de perdas em divisas ao Brasil – com o aumento exponencial de viagens por companhias estrangeiras – do que representaria o acerto de contas com a empresa, estimado em cerca de R$ 1 bilhão.
Agora, são os prejuízos, ainda incomensuráveis, provocadas pela incapacidade de as concorrentes da Varig darem conta do aumento da demanda de passageiros no fim de ano. Tudo somado, até do ponto da visão de guarda-livros da equipe econômica, o país perdeu muita mais receita do que se tivesse garantido a permanência de uma Varig forte.

Pampas
O setor agropecuário, com peso de 11,5% na economia interna, foi o principal responsável pela marca de R$ 156 bilhões obtida pelo produto interno bruto (PIB) do Rio Grande do Sul, em 2006, segundo estimativas preliminares da Fundação de Economia e Estatística (FEE) daquele estado. Houve expansão real de 2,7%, crescimento atribuído à elevação na produção de soja (209,2%), milho (205,1%), mandioca (14,8%), arroz (11,2%) e fumo (9,8%).

Feliz 2007
Esta coluna agradece e retribui os votos de Feliz Natal e deseja a todos leitores que persistiram até aqui que, em 2007, haja um espetáculo do crescimento dos melhores momentos vividos em 2006, com acréscimo de 30% para driblar apropriações indevidas.

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